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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, se não houver “entendimento” por parte das categorias do funcionalismo público, o reajuste prometido às forças de segurança federais ficará para 2023.| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, se não houver "entendimento" por parte das categorias do funcionalismo público, o reajuste prometido às forças de segurança federais ficará para 2023. A declaração foi dada em entrevista concedida pelo chefe do Executivo à "Tv Brasil" na última sexta-feira (11).

"Tem uma polêmica [sobre o fato de] que tem reservado - e é verdade - quase R$ 2 bilhões para conceder reposições à PF, PRF e pessoal que trabalha no sistema penitenciário. Houve uma grita geral. Muitos servidores querem aumento também. Acho que todos merecem aumento, realmente, porque trabalham. Mas a pandemia nos deixou em uma situação sem recursos", afirmou Bolsonaro à "Tv Brasil".

Cerca de 50 categorias do funcionalismo passaram a pedir recomposição salarial de 20% após sinalização do governo de que daria aumento a apenas três categorias do funcionalismo público – servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

"Se houver entendimento por parte dos demais servidores - pois alguns ameaçam greve etc -, pretendemos conceder essa recomposição aos policiais federais, PRF e agentes penitenciários", disse. "Se não houver entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem".

Algumas categorias do funcionalismo, por sua vez, têm sinalizado que não vão "arredar o pé" enquanto o governo não abrir uma mesa de diálogo e atender à reivindicação de reajuste salarial. Até agora, os servidores já realizaram pelo menos três manifestações em reivindicação à reposição salarial. Uma greve geral é esperada para março caso as negociações não avancem.