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Balanço financeiro

Caixa tem queda no lucro e prevê 2010 pior

A considerável expansão da carteira de crédito, aliada ao recuo da inadimplência, não foi suficiente para melhorar o resultado da Caixa Econômica Federal no ano passado. O que a instituição financeira pública conseguiu foi um lucro líquido de R$ 3 bilhões em 2009, cifra 23% inferior à registrada no ano anterior. Se esse resultado já não foi dos mais empolgantes para a Caixa, 2010 pode ser ainda mais fraco. A projeção para este ano é a de que o resultado gire entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões.

O vice-presidente de finanças da Caixa, Márcio Percival, tentou relativizar os números menos vigorosos. "Nosso balanço tem de ser olhado do ponto de vista de que a gente busca a sustentabilidade financeira, não o lucro máximo. Até porque, 70% do crédito concedido pela Caixa é direcionado, com remuneração definida", disse.

Um importante fator que influenciou o resultado da Caixa foi a menor utilização de créditos tributários, que haviam inflado os números de 2008. Naquele ano, os créditos tributários alcançaram cerca de R$ 1,5 bilhão. Já em 2009, o banco contou com apenas R$ 816 milhões. Sem essa diferença, o lucro teria sido muito próximo ao alcançado nos dois anos anteriores.

Como parte da ação anticíclica do governo, a Caixa manteve sua carteira de crédito aberta durante a crise, o que permitiu que se expandisse em 55,3% em 12 meses. A carteira atingiu inéditos R$ 124,4 bilhões. Como resultado, a Caixa conseguiu elevar sua participação no mercado de crédito para 8,8% em 2009, muito superior à dos grandes bancos privados – dentre esses, quem mais se expandiu em crédito foi o Bradesco, com aumento de 6,8%.

Na opinião de Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating, o banco se mostrou menos dependente de receitas com tesouraria, o que deve ser destacado. "Se não forem considerados efeitos como os ganhos com crédito tributário, o balanço foi bastante positivo", diz.

Agências

Dentro do plano de continuar expandindo na concessão de crédito, o banco prevê abrir 200 agências no país esse ano, com foco nas regiões Norte e Nordeste e nas periferias das grandes cidades. Hoje, o banco possui 2.084 agências no Brasil.

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