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Câmeras digitais: especialistas comentam dilemas como escolha de megapixels e recursos

O que há em comum entre quem tem uma câmera digital e quem ainda não tem? Em algum momento, ambos sofreram para definir entre 2, 3 ou 8 megapixels, entre um modelo com bateria de lítio ou com pilhas recarregáveis, e ainda entre uma câmera com tela (LCD) maior ou menor do que a câmera do vizinho. E o volume de pessoas que vivem estes dilemas só aumenta: só em 2006 os consumidores brasileiros compraram 2,5 milhões de unidades, contra 1,5 milhão em 2005. Dados da consultoria IDCconstatam que a América Latina supera EUA, Japão e Europa em volume de câmeras digitais vendidas - mais de 3,2 milhões devem ser vendidas até dezembro, um aumento de 30% sobre 2006 e acima da média mundial de 15%.

O especialista em produtos da Canon Latin America, Roberto Sandrini, afirma que a resolução das câmeras em megapixels (Mp) é, de longe, um dos itens mais confusos para o consumidor brasileiro - o país tem mais de 100 milhões de câmeras digitais em operação.

- Muita gente interpreta de forma equivocada a diferença de megapixels. Não é o número que importa, mas a resolução por imagem que a câmera pode gerar. E o que define isso é o tamanho da foto que o usuário quer imprimir. Como a maioria das pessoas manda imagens pela internet ou imprime fotos 10 por 15 (10 x 15cm), uma câmera de 2Mp resolve bem - afirmou o especialista.

O diretor comercial da Samsung no Brasil, Ricardo Inokuchi, concorda com a confusão dos megapixels, e afirma que os brasileiros também encontram dificuldades para entender a diferença entre o zoom ótico e o zoom digital. O executivo explica que o zoom ótico é o recurso de aproximar o objeto fotografado com o uso combinado de lentes da câmera - opção comum nas câmeras analógicas - enquanto o zoom digital aproxima "artificialmente" o objeto a ser fotografado.

- A maioria dos usuários está mais preocupada em ter uma boa tela LCD ou uma câmera de 10 megapixels, e acaba esquecendo recursos como o zoom digital. Mas também há uma tendência surgindo pela inovação, como o redutor de imagem tremida - afirmou o executivo, referindo-se ao recurso SR (shake reduction), que reduz os efeitos do balanço da câmera na hora do clique.

O economista e professor Paulo Stilpen está entre os candidatos a donos de câmeras digitais que ainda não se decidiram diante das diferenças entre opções de megapixels e as vantagens reais sobre uma câmera tradicional.

- O preço é um fator determinante. Ainda acho as câmeras digitais opções caras. Mas trabalhei como fotógrafo quando era mais jovem e confesso que ainda tento entender se, entre todos estes recursos que as câmeras digitais oferecem, estão as opções de filtros, lentes e "zooms" que as câmeras tradicionais ofereciam - explicou o consumidor.

Ricardo Inokuchi, da Samsung no Brasil, defende os fabricantes:

- Nunca os preços de câmeras digitais estiveram tão baixos e tão convidativos no Brasil. É que se o usuário entrar num site dos EUA, tem que calcular ainda os vários impostos que a cadeia de produção brasileira tem que inserir sobre o custo da câmera, e verá como (as câmeras) estão baratas.

Outras dicas:

- baterias internas de lítio - modelos com este acessório possuem design mais fino e são menos dependentes de acessórios - desde que o usuário a mantenha recarregada. Um problema: a reposição do acessório é mais cara no Brasil e são poucas as opções à venda.

- pilhas recarregáveis - estes modelos exigem que o usuário ande sempre com opções a mais na bolsa ou na mão, como recarregador e pilhas alternativas. Cada conjunto de pilhas custa cerca de R$ 20 e com carregador o preço varia de R$ 80 a R$ 100, mas em compensação estes acessórios duram, em média, três anos. Confira no manual do usuário quais são os modelos de pilhas recarregáveis (em volts) mais indicados para a sua câmera.

- câmeras digitais com visor de imagem - aquela janelinha de visualização encontrada em câmeras analógicas ajuda na economia de energia, além de enquadrar melhor a fotografia. Mas, por sua vez, obrigam os fabricantes a criarem modelos maiores com telas LCD e que, consequentemente, ocupam mais espaço na bolsa.

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