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A secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola, informou nesta segunda-feira (5) que os ministros de estado, que participam da Camex, decidiram suspender, temporariamente, até dia 22 de abril, o início da retaliação comercial aos Estados Unidos (EUA) em produtos. Sem essa prorrogação, a retaliação poderia começar na próxima quarta-feira (7).

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o governo brasileiro a impor retaliações de cerca de US$ 830 milhões por ano aos EUA, em função dos subsídios que o governo americano destina aos produtores de algodão de seu país.

Em produtos, a retaliação brasileira pode chegar a US$ 591 milhões. No início do mês passado, o governo brasileiro divulgou uma lista de produtos que poderão ter o Imposto de Importação elevado como forma de retaliar os EUA. Em propriedade intelectual, a retaliação poderia chegar a cerca de US$ 240 milhões.

Prazos da negociação

O diretor do Departamento de Economia do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, informou que o governo brasileiro não eliminou a retaliação. Segundo ele, o governo apenas "postergou" o seu início para permitir a negociação com os Estados Unidos.

"Já tivemos uma discussão inicial sobre compensações temporárias (...) Nesse período [até dia 22 deste mês], o lado norte-americano vai tomar algumas medidas. Se eles efetivamente tomarem essas medidas [propostas já feitas], no dia 22 começa um novo prazo de 60 dias para uma neogociação completa", informou Cozendey.

Fundo para o algodão

Entre as propostas iniciais do governo norte-americano, segundo o Ministério do Desenvolvimento, está o estabelecimento de um fundo para financiar projetos que beneficiem o algodão brasileiro. Esse fundo, segundo o informado, seria financiado com recursos dos EUA no valor de US$ 147 milhões - valor equivalente aos prejuízos sofridos pelo Brasil em decorrência dos subsídios aos produtores de algodão daquele país.

Outra proposta dos EUA diz respeito à febre aftosa. Segundo Carlos Cozendey, os negociadores norte-americanos se comprometeram a declarar o estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa sem vacinação. Os EUA, ainda segundo ele, a suspender a concessão de garantias às exportações para todos os produtos agrícolas daquele país. "Seriam oferecidas em condições mais próximas do mercado", informou ele.

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