
A partir desta semana começa a ser veiculada uma campanha estadual com o objetivo de estimular os paranaenses a enfrentar os efeitos da crise econômica mundial. Com o slogan "O futuro a gente faz agora", a campanha convida toda a população a buscar novas alternativas e a acreditar que o cenário pode ser modificado por meio do trabalho e da criatividade do povo paranaense. Liderada pelo Movimento Pró-Paraná, a iniciativa contará ainda com o apoio de diversas entidades da sociedade civil organizada.
"A campanha Acredite no Paraná é um movimento de motivação, que busca evitar que a sociedade paranaense seja atingida pela letargia e pelo desânimo. Nada do que está acontecendo é realmente dramático, é importante que a sociedade civil evite o alarmismo e se mobilize com uma perspectiva mais favorável", avalia o presidente do Movimento Pró-Paraná, Belmiro Valverde Jobim Castor. De acordo com ele, é importante que várias formas de mobilização cívica dêem mais realismo e ânimo aos paranaenses.
Quem assina a campanha é a agência Heads, que elaborou peças publicitárias para veiculação em jornal, tevê e rádio. O vídeo de um minuto faz alusão às várias crises enfrentadas pelos paranaenses, e lembra a sociedade de que esses momentos trazem grandes oportunidades para encontrar a própria superação. Na história das últimas décadas, das crises surgiram oportunidades, como a diversificação do agronegócio e a inovação industrial, colocando o Paraná em lugar de destaque no Brasil, tanto no setor agrícola como na indústria.
Recuperação
A "geada negra" de 1975 ainda é lembrada pela devastação da economia do estado, responsável por erradicar a cafeicultura. A recessão forçou um grande êxodo rural. "Naquela época, o Paraná perdeu sua capacidade produtiva da noite para o dia", lembra Jobim Castor. "Mas muitos agricultores que acreditaram no estado juntaram forças com o governo e voltaram a investir. O resultado disso foi a reformulação da agricultura paranaense, com mais tecnologia e qualidade superior", complementou, referindo-se aos cultivos atuais de soja, trigo, milho e a própria avicultura.
Mais recentemente, em 1995, houve a falência do estado a Secretaria do Tesouro Nacional rebaixou de "A" para "D" o conceito do Paraná, colocando-o ao lado de Alagoas no ranking de pior situação financeira. Por meio de incentivos fiscais, o governo conseguiu atrair montadoras de automóveis, e a força de trabalho de 90 mil paranaenses devolveu o estado à sua posição. Em 1998, quando o PIB nacional encolhia 0,12%, a produção de riquezas no Paraná evoluiu 2,54% o PIB industrial cresceu 4,09%, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
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