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Campina Grande do Sul quer se tornar polo para investimentos logísticos

Empreendimentos se aproveitam de terrenos mais baratos. Mu­nicípio precisa tirar o atraso em infra­estrutura para de­senvolver potencial dos negócios

Rodrigo Demeterco, diretor da Capital Realty | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Rodrigo Demeterco, diretor da Capital Realty (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)

Campina Grande do Sul, ci­dade ao norte de Curitiba, quer se tornar polo de galpões logísticos e centros de distribuição na Região Me­tropolitana de Curitiba (RMC). A cidade quer aproveitar a oferta de terrenos e sua localização para atrair os galpões.

Alguns empreendimentos já chegaram à cidade se aproveitando destas condições. Neste mês, foi inaugurado na cidade o condomínio logístico Mega Centro Logístico Curitiba, de 155 mil metros quadrados – sozinho, representa quase um quinto de toda a reserva de galpões de Curitiba e região. "Até poderíamos nos instalar em outras áreas da região metropolitana, mas o entroncamento rodoviário ao norte de Curitiba não está tão sobrecarregado como o contorno sul. Quem se instala por aqui, ganha em agilidade", afirma Rodrigo Demeterco, diretor da Capital Realty, empresa responsável pelo empreendimento.

A localização também é fundamental para que os caminhões que transitam entre os empreendimentos e os seus destinos – lojas de varejo, supermercados, centros de distribuição – não precisem passar pela área urbana. "A maioria das operações parte de São Paulo para o sul. Quem se instala por aqui, não precisa passar pelo centro de Curitiba", pondera Sérgio Correa, presidente da importadora Belsul, que instalou seu primeiro centro de distribuição no Paraná em Campina Grande do Sul há um ano.

De acordo com os empreendedores, a escolha pela cidade também é uma questão de oportunidade de negócios. Os terrenos na cidade são mais abundantes e baratos. "Tem empresa que já reverteu o investimento só com a valorização do terreno. Alguns empreendimentos de 100 mil metros quadrados compraram seus terrenos por menos de R$ 3 milhões, algo inimaginável em outros lugares", afirma o consultor logístico da Colliers International, Ricardo Varella.

A chegada de empreendimentos já impacta os cofres da prefeitura. De 2011 para 2012, quando os primeiros negócios do ramo chegaram á cidade, a arrecadação tributária cresceu 12%. "Temos muitas áreas livres, acima da média em comparação com as outras cidades da região metropolitana. Estes terrenos também costumam ser planos, o que é essencial para este tipo de operação", afirma o prefeito de Campina Grande do Sul, Luiz Carlos Assunção.

Custo baixo permite preço competitivo

A possibilidade de comprar terrenos mais baratos para a construção dos empreendimentos permite que os galpões que estão sendo inaugurados no norte da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) sejam mais modernos que os atuais e, mesmo assim, ofereçam preços na média cobrada na cidade.

"A oportunidade de negócio nos levou a fazer um galpão de referência no local, com o que há de mais moderno no Brasil", afirma Rodrigo Demeterco, diretor da Capital Realty, empresa responsável por um novo empreendimento em Campina Grande do Sul. Entre as características diferentes dos galpões normais, pé-direito de 12,5 metros, piso alinhado a laser e com capacidade de suportar até 6 toneladas por metro quadrado.

Mesmo assim, os preços são próximos da média praticada em Curitiba e região. De acordo com dados da consultoria Cushman & Wakefield, o preço médio dos 617 mil metros quadrados de galpões logísticos para locação é R$ 16,50 por metro quadrado. Nos empreendimentos mais novos, a locação do mesmo espaço está entre R$ 18 e R$ 20.

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