O Carrefour, maior varejista da Europa, está revendo o plano para seus hipermercados após alertar que o lucro de 2011 virá no piso das previsões mais pessimistas.
O possível atraso na divulgação dos números do Carrefour Planet aumenta a pressão sobre o presidente-executivo, Lars Olofsson, já visto em situação de risco após seis alertas de lucro em pouco mais de um ano e uma série de saídas de altos executivos e reviravoltas estratégicas.
A segunda maior varejista do mundo após a norte-americana Wal-Mart está dependendo da rede de hipermercados Carrefour Planet para sair de anos de performance abaixo da média, mas afirmou nesta quinta-feira que se focará em um plano mais imediato para cortar preços e fazer promoções mais acertadas.
A varejista avisou que o lucro operacional pode ficar no pior nível da previsão de queda de 15 a 20 por cento, sendo assim mais uma das grandes varejistas europeias a alertar que os números podem piorar. A britânica Tesco, a alemã Metro e outras redes também fizeram alertas.
O vice-presidente financeiro, Pierre-Jean Sivignon, disse que o grupo dará novos números sobre o Carrefour Planet junto com os resultados anuais em 8 de março.
As vendas do grupo caíram 0,8 por cento no quarto trimestre, para 24,15 bilhões de euros (31 bilhões de dólares), abaixo da previsão média de 24,32 bilhões de euros em uma pesquisa da Thomson Reuters com oito analistas.
O Carrefour, com mais de 9,5 mil lojas em 32 países, disse que países emergentes continuaram uma fonte de crescimento, com vendas em lojas brasileiras abertas há mais de um ano crescendo 4,6 por cento.



