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Combustíveis

Ceramistas temem custos crescentes

Incepa, maior produtora do setor no Paraná, diz que reajuste fecharia um dos fornos

"Ficamos totalmente alarmados com essa possibilidade. Não seria um golpe mortal, mas seria um golpe muito forte sobre a indústria ceramista." Foi assim que o presidente da Incepa, Jorge Francino, avaliou o possível aumento do preço do gás natural. Em abril de 2000, a empresa – maior indústria paranaense do setor – trocou os fornos a carvão por fornos a gás natural, e terá que arcar com um forte crescimento dos custos, caso o reajuste se confirme.

"O gás é o primeiro item da nossa composição de custos, e um aumento dessa magnitude nos forçaria a demitir funcionários e a desativar um dos fornos", diz Francino. A Incepa emprega 1.025 pessoas e possui nove fornos em Campo Largo e quatro em São Mateus do Sul.

O reajuste viria apenas quatro meses depois de um acordo que garantiu descontos de 8% a 20% às empresas. As discussões com a Compagás duraram dois anos, e envolveram o Sindilouças, sindicato que representa o setor, o governo estadual e a prefeitura de Campo Largo.

O presidente da Incepa acrescenta que o aumento de custos se somaria a uma queda de 20% no faturamento com as exportações da empresa. Dos 13 fornos da Incepa, um já está desativado em função dessa queda e também por conta do preço do gás natural no Paraná, que é 11% mais caro que o pago por Santa Catarina.

No ano passado, o alto valor do gás levou o grupo espanhol Roca, controlador da Incepa, a investir na Rússia US$ 5 milhões que estavam previstos para as unidades paranaenses, fazendo com que 200 empregos deixassem de ser gerados no estado. (FJ)

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