Enquanto o cultivo de verduras e hortaliças tem ciclo mais curto e já mostra os efeitos da chegada do frio ao Paraná, o prejuízo do agronegócio com as geadas ainda é incerto. Equipes do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) estão em campo atualizando informações, e a cultura que mais preocupa é a do milho, a segunda principal do estado, que está na segunda safra do ano e cuja estimativa de quebra já alcança 23% ainda sem considerar os possíveis efeitos negativos das geadas.
De acordo com a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, cerca de 70% da produção estadual está concentrada nas regiões de Toledo, Cascavel, Campo Mourão e Maringá. O departamento considera que cerca de 65% da segunda safra ainda corre risco. "O milho é uma cultura de verão, e essas regiões tiveram registro de geadas em várias intensidades. Como ainda não temos dados atualizados, por enquanto a estimativa ainda é colher 4,9 milhões dos 6,3 milhões de hectares plantados", explica.
Da mesma forma, segundo Margorete, as pastagens de inverno ainda não estão garantidas, com efeitos na pecuária e produção de leite. Além disso, os custos da avicultura e da suinocultura também estão subindo com a necessidade de aquecimento artificial.
A única cultura considerada fora de risco no estado, de acordo com o Deral, é o trigo.



