
A cerveja brasileira está prestes a ter um novo padrão de qualidade, a partir de um modelo proposto por representantes tanto das grandes indústrias quanto de pequenos produtores artesanais e caseiros. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu a consulta pública da proposta de revisão dos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dos produtos de cervejaria do Mercosul, que regulamenta o setor no Brasil.
Aprovadas as novidades, em breve os brasileiros vão poder degustar cervejas com mel e frutas, destiladas, com até 54% de álcool, sem falar nas envelhecidas em tonéis de madeira. A proposta mantém em 45% o limite atual de utilização dos chamados "adjuntos cervejeiros" (milho e arroz, entre outros). Além de impactar nos custos, as empresas argumentam que a utilização destes produtos ajuda a suavizar o sabor e torná-lo mais aceitável pelo grande público.
Os processos para destilar a cerveja, transformando-a em uma espécie de aguardente com entre 38% e 54% de álcool, serão permitidos caso a proposta seja aprovada. A bebida resultante deverá ser chamada bierbrand.
Será possível ainda usar o processo alemão conhecido como eisbocking, que congela o líquido para retirar a água, tornando-o mais concentrado e alcoólico, com teor acima de 7% ("cerveja concentrada").



