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Cesta básica cai em quase todas as capitais, diz Dieese

Das 17 cidades pesquisadas em agosto, só houve aumento em Porto Alegre. Em Curitiba, queda leve deixou produtos em R$ 214,57

Tomate caiu 3,89% em agosto, na comparação com julho, e ajudou a baixar o preço da cesta básica em Curitiba | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Tomate caiu 3,89% em agosto, na comparação com julho, e ajudou a baixar o preço da cesta básica em Curitiba (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo)

O custo da cesta básica ficou menor em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos em agosto. Somente em Porto Alegre foi registrado aumento dos preços (1,36%). Em Curitiba, a queda foi de 0,71% em relação a julho, bem longe das reduções observadas em Natal (-6,4%), Recife (-6,3%), Salvador (-5%) e João Pessoa (-4,1%). No estudo do Dieese, a cesta básica mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 240,91) e a mais barata foi a de Aracaju (R$ 174,96). A cesta curitibana ficou em um meio termo, custando R$ 214,57.Considerando o acumulado de 2010, a cesta básica ficou mais barata em quatro capitais (Rio, Belo Horizonte, Vitória e Brasília). Já em outras cinco capitais o reajuste ficou acima de 5%: João Pessoa, Salvador, Recife, Natal e Goiânia. Em Curitiba, o aumento foi de 1,28% e, no acumulado de 12 meses, a cesta está 1,47% mais cara.

Segundo o Dieese, a ração alimentar essencial mínima para uma família formada por um casal e duas crianças em Curitiba custa R$ 643,71 – ou seja, 1,26 salário mínimo. O maior aumento registrado em Curitiba no mês passado foi o da banana, que subiu 11,77%, seguda pelo pão (2,50%). Já as maiores quedas foram da batata (-25,87%), açúcar (-5,52%) e do tomate (-3,89%).

Salário mínimo

O salário mínimo do trabalhador no Brasil deveria ter sido de R$ 2.023,89 em agosto para que suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme o estudo do Dieese. Com base no maior valor apurado para a cesta no período – o de Porto Alegre – e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,97 vezes maior que o piso vigente no Brasil, de R$ 510. O valor é superior ao calculado para julho, de R$ 2.011,03, e para agosto do ano passado, de R$ 2.005,07, que representava 4,31 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 465.

Em agosto, para adquirir uma cesta básica, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, na média das 17 capitais onde o Dieese pesquisa os preços dos alimentos básicos, uma jornada de 89 horas e 38 minutos – em julho, eram necessárias 91 horas e 50 minutos; em agosto do ano passado, 96 horas e 37 minutos. Em Curitiba, um trabalhador que ganhe o salário mínimo precisaria trabalhar por um período superior à média nacional para comprar uma cesta básica: 92 horas e 34 minutos.

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