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Aumento foi influenciado por alta de tomate, café, manteiga, óleo de soja e arroz

De acordo com o estudo do Dieese, o aumento da cesta básica no mês de maio foi influenciado pela alta dos seguintes produtos: tomate, café em pó, manteiga, óleo de soja e arroz. O preço do tomate, mais uma vez, teve impacto no valor do conjunto dos bens essenciais. Depois de uma trégua em abril, em maio os preços voltaram a subir. Apenas em Manaus o preço do produto mostrou recuo (-2,71%). Os aumentos foram de 33,33%, em Belo Horizonte, a 0,92%, em Florianópolis.

O preço do café em pó aumentou em todas as cidades pesquisadas, exceto em Natal (-1,48%). As altas oscilaram entre 5,11%, em Recife, e 0,27%, em Salvador. A manteiga mostrou elevação de preço em 14 cidades, com destaque para as altas de Curitiba (3,91%), Manaus (2,94%) e Florianópolis (2,32%).

Para o óleo de soja, a pesquisa registrou elevação de preços em 13 cidades. As maiores taxas foram observadas em Manaus (6,51%), Belém (5,07%), Aracaju (4,36%) e Goiânia (4,09%). O preço do arroz também subiu em 12 das 18 cidades pesquisadas. As maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro (4,90%), em Recife (2,76%) e São Paulo (2,39%). As principais quedas foram registradas em Florianópolis (-2,71%) e Aracaju (-1,69%).

Em maio, os preços da batata, pesquisada na região Centro-Sul, recuaram em oito cidades. As quedas variaram de -26,38%, em Vitória, a -6,58%, em Florianópolis. Em Porto Alegre, o preço ficou estável e, em Goiânia, houve alta, (1,67%).

A carne bovina, produto de maior peso na cesta, apresentou recuo em 11 cidades em maio. As maiores retrações aconteceram em Vitória (-2,39%) e Belo Horizonte (-2,03%). As maiores elevações de preço foram detectadas em Manaus (4,01%), Curitiba (1,87%) e Aracaju (1,56%).

O leite in natura subiu em 10 capitais, entre 4,20%, em Curitiba, a 0,66%, em Belém. Em Vitória, o preço ficou estável e, em sete cidades, apresentou retração, com destaque para a taxa de Natal (-3,00%) e Florianópolis (-2,73%).

A cesta básica encareceu em maio. É o que constatou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 15 das 18 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Fortaleza (5,42%) e Recife (4,90%). As maiores retrações foram observadas em Campo Grande (-2,05%), Florianópolis (-0,38%) e Brasília (-0,10%).

Curitiba foi a sétima capital onde a cesta básica estava mais cara, custando R$ 341,20, segundo o levantamento do Dieese. Em abril, a cesta saiu por R$ 335,73, com uma variação mensal de 1,63%. No ano, já foi registrada alta de 13,24% na capital paranaense.

São Paulo foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica, aproximadamente R$ 366,54, e que apresentou a terceira maior variação (2,43%) em relação a abril. A segunda maior cesta foi observada em Porto Alegre (R$ 366,00), seguida por Vitória (R$ 352,76). Os menores valores médios da cesta ocorreram em Aracaju (R$ 241,72), João Pessoa (R$ 272,35) e Salvador (R$ 277,52).

Salário mínimo deveria ser quase cinco vezes maior

Com base no preço da cesta de São Paulo, o Dieese estima que o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 3.019,07. Ou seja, 4,17 vezes maior que o piso vigente (R$ 724). A estimativa segue o que determina a Constituição Federal, que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, transporte, lazer e previdência. Em maio do ano passado, o valor para atender as despesas de uma família chegava a R$ 2.873, o que representava 4,24 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).

Para comprar os gêneros alimentícios essenciais, de acordo com média das 18 capitais estudadas, o trabalhador remunerado precisa realizar uma jornada de 96 horas e 51 minutos por mês, tempo bastante superior ao mês de abril. No mês passado, eram necessárias 95 horas e 36 minutos. Se comparada com 2013, a jornada em 2014 foi menor, já que naquele mês eram necessárias 97 horas e 45 minutos.

Se comparado com o salário mínimo líquido, após desconto referente à Previdência Social, verifica-se, segundo o Dieese, que o trabalhador comprometeu em maio 47,85% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que em abril demandavam 47, 23%.

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