
Ser chef de cozinha de restaurante não é mais o único caminho a ser seguido por quem termina um curso de gastronomia. As escolas e os próprios interessados descobriram que existe um mercado imenso a ser explorado. Atuar em consultorias, cozinhar para eventos ou abrir pequenos negócios são alguns nichos possíveis a procura por cursos técnicos na área só tem aumentado, afirmam as principais escolas de gastronomia de Curitiba presentes na Feira Mundo Gastronômico.
Dario Paixão, coordenador da pós-graduação da Universidade Positivo (UP), avalia que a maior parte dos alunos busca ter seu próprio negócio, mas é grande o número de pessoas que trabalham na gestão e procuram a teoria para melhorar a prática. "A quantidade de alunos dobrou nos últimos 12 meses. Tem crescido muito a atuação como personal chefs, que vão à casa das pessoas cozinhar", afirma.
O Espaço Gourmet Escola de Gastronomia registrou um crescimento de 300% nas matrículas no último ano. Para o sócio e professor Rodrigo do Prado, o boom se deve por ser um curso rápido o aluno se forma no máximo em dois anos e meio e pela demanda crescente do mercado por profissionais específicos, como pizzaiolos e padeiros.
No Centro Europeu, uma das primeiras escolas de gastronomia em Curitiba, um em cada dez alunos entrou por hobby e acaba mudando de área. "Como o curso dura um ano e não tem restrição de idade ou gênero, as pessoas se animam. Há aposentados que terminam de estudar e vão trabalhar na área", conta Iracema Bertoco, coordenadora do curso de gastronomia.
Para Eulógia Lobo, fisioterapeuta de 41 anos, os cursos técnicos e de curta duração a ajudaram a encontrar outra carreira. Hoje ela estuda para se formar em barista pelo Senac Curitiba. "Deixei a área de estética há muito tempo. Agora quero abrir uma cafeteria clássica, com foco no café", diz.
Serviço
A Feira Mundo Gastronômico Curitiba é realizada no ExpoRenaultBarigui, no Parque Barigui, hoje, das 16 às 22 horas, e amanhã, das 14 às 20 horas.



