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Quem nunca esperou ansiosamente pelas férias? Contou, regressivamente, os dias restantes para esquecer totalmente o trabalho e sossegar. Afinal, esse é o período mais comum para se desligar da vida profissional e descansar, não é mesmo? O problema é que nem sempre isso acontece.

É comum as pessoas planejarem, com bastante antecedência, as viagens e atividades que farão nas férias, porém esquecem que a empresa e suas atividades devem continuar operantes.

Um amigo meu, Carlos, supervisor de marketing de uma fábrica de peças automotivas, planejou com a esposa e os filhos, um ano antes, viajar a Orlando, nos Estados Unidos. Os dois filhos ficaram tão ansiosos esperando o momento chegar que fizeram uma contagem regressiva por seis meses. Não viam a hora de viajar de avião pela primeira vez e de conhecer o Mickey, assim como a esposa preparou suas reservas financeiras para fazer compras na terra do Tio Sam e ficar junto com a família em um local fora do país pela primeira vez.

Ele escolheu o hotel, providenciou os passaportes e vistos, comprou as passagens e fez o roteiro da viagem seis meses antes. Seria um momento especial por duas razões. Primeiro, a família nunca havia viajado para fora do país. Segundo, Carlos nunca havia tirado férias tão longas: 35 dias de descanso. Pode-se dizer que férias como estas são o sonhos de muitas famílias.

A viagem, entretanto, não foi tão bem aproveitada quanto imaginavam. Para começar, o telefone particular de Carlos tocava ao menos duas vezes por dia. Ele deixava os filhos e a mulher de lado para resolver os problemas da empresa e após a ligação ficava preocupado por não estar presente. Ao chegarem ao hotel, a primeira coisa que ele fazia era ligar o computador e conferir os e-mails. Carlos havia deixado um projeto importante em andamento, então ficou com a cabeça no trabalho grande parte do tempo. Para complicar a situação, um dos funcionários da equipe havia se demitido e pago o aviso prévio, deixando outro desfalque no time.

Carlos logo notou que suas férias estavam se passando em vão, pois não conseguia aproveita-la e não havia planejado o suficiente antes de sair da empresa. Gastou suas economias de meses de trabalho em Orlando, mas nem parecia que estava na viagem dos sonhos. Além disso, decepcionou a família, que tanto esperou por aquele momento de estar com o pai e marido por tantos dias como nunca estiveram antes.

Talvez se esse meu amigo tivesse instruído corretamente a equipe, planejado antecipadamente sua ausência e informado clientes e fornecedores de sua ausência, a dor de cabeça não seria tão grande. O pior é que quando ele voltou ao cargo, estava mais estressado do que no dia em que saiu.

Sabemos que se desconectar totalmente do emprego durante as férias pode não ser fácil. Entretanto, se a organização e planejamento dedicados às férias também forem aplicados ao trabalho, dificilmente haverá problemas.

Se quiser sair em férias de cabeça vazia, confira o artigo desta terça-feira! Até lá!

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