Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Ásia

China anuncia novas regras contra monopólios

Com isso, o governo ganhou mais ferramentas para controlar a inflação

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês), a agência de planejamento econômico da China, anunciou novas regras para evitar a conspiração sobre os preços e as práticas monopolistas. Com isso, o governo ganhou mais ferramentas para controlar a inflação.

As novas regras, que terão efeito a partir de 1º de fevereiro, surgem após Pequim afirmar que a estabilidade dos preços é uma prioridade para o governo. Com elas, a regulamentação da concorrência e das práticas de preços na China ficarão mais próximas dos padrões internacionais, depois de o país ter adotado em 2008 uma lei antimonopólio básica.

"Em alguns setores industriais, atos contra a lei de concorrência estão aumentando diariamente e os métodos para restringir a competição estão sendo constantemente atualizados", afirmou a NDRC. "Várias formas de conspiração sobre preços e o abuso de posições monopolistas estão prejudicando seriamente os direitos legais e os interesses dos consumidores", acrescentou a agência.

Sob as novas regras, os concorrentes serão proibidos de fazerem acordos para fixar preços, enquanto parceiros de negócios serão impedidos de combinarem preços mínimos de revenda, segundo a NDRC. Companhias que tenham uma grande participação de mercado não poderão cobrar "preços injustamente altos" por seus produtos nem pagar "preços injustamente baixos" por matérias-primas. Muitas outras estratégias de preços anticompetitivas adotadas por empresas com grande participação de mercado também serão proibidas, incluindo a cobrança de preços abaixo do custo de produção ou o uso de descontos para forçar a saída dos concorrentes.

Ao mesmo tempo, autoridades dos governos serão proibidas de usar seus direitos administrativos para restringir a concorrência, como cobrar taxas discriminatórias por produtos de outras regiões.

Os preços ao consumidor na China subiram 5,1% em novembro, em comparação com o mesmo mês de 2009, o aumento mais forte em mais de dois anos. Em resposta, Pequim tem buscado garantir a oferta adequada de alimentos e outros itens de consumo. O Banco do Povo da China (PBOC, p banco central do país) elevou as taxas de juros básicas duas vezes no quarto trimestre de 2010. As informações são da Dow Jones.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.