Os novos líderes da China adotaram maior tolerância à desaceleração econômica do que seus predecessores e provavelmente permitirão que o crescimento atinja 7 por cento antes de desencadearem novos estímulos para impulsionar a atividade. O governo do presidente Xi Jinping e do primeiro-ministro Li Keqiang tem afirmado que o rápido crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das últimas três décadas precisa reduzir a marcha à medida que a economia caminha para uma expansão liderada pelo consumo.
Mas não ficou claro que ponto Xi e Li estabelecerão como limite, levando os mercados financeiros a especular sobre como o governo reagirá a dados econômicos sucessivamente fracos. Economistas do governo nos principais institutos de pesquisa envolvidos nas discussões dizem que a linha deve ser de 7 por cento, comparado a seus predecessores, que implicitamente observaram um nível de 7,5 por cento a 8 por cento.
"A tolerância dos novos líderes à desaceleração econômica é definitivamente mais alta do que a de seus predecessores", disse o economista sênior Zhang Yongjun, do Centro Chinês para Trocas Econômicas Internacionais (CCIEE, na sigla em inglês), um instituto em Pequim. "Eles entendem que a taxa de crescimento potencial da China tem caído. A taxa de crescimento mínima que eles vão tolerar caiu e provavelmente é de 7 por cento", disse ele.
Isso não significa que Xi e Li abandonaram a meta oficial de crescimento anual de 7,5 por cento. Se esse objetivo parecer ameaçado, eles vão agir, dizem os economistas do governo.
O crescimento econômico recuou para 7,7 por cento no primeiro trimestre frente ao ano anterior, comparável a uma taxa de 7,9 por cento no período de três meses que o precedeu. Dados fracos em abril e sinais de atividade industrial decepcionante em maio levantaram temores de que a economia pode desacelerar ainda mais neste trimestre.
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