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Bandeja de chip em um iPhone. | Calerusnak/Wikimedia Commons
Bandeja de chip em um iPhone.| Foto: Calerusnak/Wikimedia Commons

Três elementos são necessários para que o consumidor usufrua da alta velocidade e baixa latência das conexões móveis 4G: estar em uma área coberta pela rede, ter um smartphone compatível e um chip (SIM card) capaz de “conversar” com essas redes. Para uma parcela de usuários, o gargalo que a mantém nas redes 3G, mais lentas, é justamente esse último — o mais simples e barato de corrigir dos três.

A TIM informa que, somente no Paraná, 7,65 milhões de clientes elegíveis ao 4G, ou seja, consumidores que têm um smartphone 4G e residem em cidades com cobertura, ainda usam chips incompatíveis com a tecnologia, do tipo capaz de conexões apenas 3G ou 2G. Esse número representa 7,8% da base de clientes da operadora no estado.

Na região Sul, o número de consumidores da TIM “presos” no 3G por causa do chip sobe para 12,5 milhões de clientes, ou 8,2% do total.

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Chips incompatíveis com redes 4G são aqueles em uso há anos, já que as operadoras cessaram a venda deles já faz algum tempo. A Vivo, por exemplo, afirma que desde 2016 comercializa apenas chips compatíveis com 4G.

Consultadas, Oi e Vivo não disseram qual a porcentagem da base de clientes elegíveis ao 4G não usufruem da tecnologia devido ao chip defasado. A TIM não tem os dados consolidados nacionalmente, apenas os regionais, informados acima. A Claro não retornou o pedido da reportagem.

As principais diferenças entre os padrões 3G e 4G são velocidade e latência. Segundo o relatório mais recente da OpenSignal, consultoria que monitora a qualidade das conexões móveis ao redor do mundo, as operadoras que atuam no Brasil entregam uma velocidade média de 4 Mbps no 3G. Já no 4G, a mais lenta das quatro, a Oi, tem velocidade média de 13,1 Mbps, ou seja, é três vezes mais rápido. A Claro, que lidera o ranking, entrega velocidade média de 28,1 Mbps.

Já a latência, que é o atraso dos dados durante a transmissão por toda a rede, é menor no 4G. (Quanto menor a latência, mais rápido é início do acesso a sites e aplicativos.)

Como fazer a troca?

O consumidor com um chip que não se conecta à rede 4G interessado em fazer a troca pode se dirigir a uma loja da sua operadora e solicitá-la. Eduardo Coutinho, diretor comercial da TIM na região Sul, explica que “essa troca é muito rápida e pode ser feita em qualquer loja”, e que “a percepção de melhoria é imediata”.

Nas lojas próprias da TIM, o custo médio da troca do chip é de R$ 15. Na Vivo, fica em R$ 12. A Oi não cobra a troca do chip 3G por um 4G.

De acordo com a Sinditelebrasil, associação das operadoras de telefonia e internet nacionais, em maio de 2018 havia 4.032 municípios brasileiros, onde moram 94% da população, cobertos por redes 4G. Já o 3G, no mesmo período, estava presente em 5.277 municípios, alcançando 99,3% da população. Apesar da disparidade na cobertura, o número de acessos/chips 4G em uso já é maior que os de 3G: 116 milhões contra 72 milhões no período citado.

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