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Citi prevê Grécia fora do euro no ano que vem

Previsão é do economista-chefe do banco, que classifica como inevitável o contágio para outros países europeus

O economista-chefe do banco americano Citigroup, Willem Buiter, incluiu em seu último relatório sobre tendências econômicas mundiais a previsão de que a Grécia sairá da zona do euro em janeiro do ano que vem. "Acreditamos que agora a probabilidade de que a Grécia saia da zona do euro no próximo ano ou no seguinte é da ordem de 50% a 75% e a incorporamos isso em nossas previsões", escreveu Buiter. "Há muita incertezas em nossas novas previsões, acreditamos que a Grécia vai sair da zona do euro no começo de 2013, o que gerará uma forte desvalorização da divisa, com uma grande queda da atividade econômica em 2013 e uma recuperação mais modesta depois", acrescentou.

Para o banco, um contágio econômico e financeiro negativo para outros países europeus será inevitável, o que já acontece de certa forma. Além disso, o economista estima que a saída da Grécia da união monetária será seguida pela queda da taxa de juros básica do Banco Central Europeu a 0,5% e de um segundo programa de ajuda para Portugal e Irlanda. O analista também previu que a Espanha requereria, neste caso, a instauração de um programa de assistência por parte do Fundo Monetário Internacional, a UE e seus credores e, além disso, um impulso para os mercados financeiros dos bônus espanhóis e dos italianos.

Congelada

A atividade industrial da Europa teve neste mês a maior contração desde julho de 2009 – nem mesmo a Alemanha escapou. Foi o quarto mês consecutivo de retração. O setor manufatureiro é o que mais sofre, com o décimo mês seguido de contração, algo que não acontecia desde o período 2008-2009. A indústria francesa, que já estava encolhendo, teve a retração mais aguda desde abril de 2009.

O indicador é mais um a sinalizar que as dúvidas sobre a continuidade da Grécia na zona do euro estão afetando não só os mercados, mas também a confiança do consumidor europeu e a indústria. Ele também aumenta os temores de que a recessão pode ser ainda pior do que as estimativas apontavam. E alguns analistas já esperam que o Banco Central Europeu tome novas medidas, seja retomando o corte de juros, seja fazendo uma nova oferta de crédito aos bancos com taxas baixas.

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