Em linha com a revisão do Banco Central para a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)) neste ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a agência de risco FitchRatings também diminuíram as previsões para 2012.
Diante de uma recuperação ainda lenta, as duas instituições acreditam em um avanço de 1,5% para a economia brasileira, com uma retomada mais robusta no próximo ano. A nova projeção do Banco Central indica crescimento de 1,6%, ante os 2,1% estimados na última divulgação.
Segundo a Fitch, o baixo desempenho da atividade econômica se provou mais profundo e longo do que o previsto inicialmente. O cenário, diz a agência, reflete problemas domésticos e internacionais, em especial a desaceleração da China.
Já a CNI, que antes projetava crescimento de 2,1%, atribui a redução ao baixo nível de investimento, provocado pela estagnação da indústria e os estoques elevados. "Há de fato sinais de recuperação da atividade industrial, detectados desde agosto, mas não são suficientes, neste meses que restam até o final do ano, para compensar a estagnação do primeiro semestre", afirma, em nota, o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
A análise é semelhante às justificativas apresentadas pelo Banco Central, que culpa o primeiro semestre e o ritmo gradual da retomada observado até agora.Em junho, quando o Credit Suisse foi o primeiro a dizer que o Brasil cresceria apenas 1,5% neste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a previsão era uma piada.



