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EUA

CNN abre série sobre economia brasileira

Principal programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família, ou "Family Bag" - como foi chamado -- teve destaque na programação

A CNN iniciou nesta segunda-feira (3) uma série de três semanas sobre o Brasil, "a maior economia da América Latina", e suas "dores de crescimento". A primeira semana será dedicada à economia, no programa Global Exchange. Em entrevista à correspondente Shasta Darlington, o diretor-presidente da Embraer, Frederico Curado, detalhou o êxito das decisões estratégicas de investir em aviões executivos e militares.

Questionado sobre o mercado americano de defesa, disse que a empresa "tentava entrar nele há décadas e finalmente conseguiu", neste ano. "Mas definitivamente o Brasil é a nossa maior destinação na área de defesa e sempre será", afirmou Curado.

Ele criticou os custos e a burocracia no Brasil, que fazem com que o país não seja "um destino óbvio para investimentos de alta tecnologia". Para amanhã, na série, foi anunciada uma entrevista com José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale.

Principal programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família, ou "Family Bag", como traduziu reportagem publicada no site da CNN, é um dos responsáveis pela transformação social pela qual o Brasil passou nos últimos anos, segundo a emissora norte-americana.O texto da publicação discute o modelo de crescimento baseado no crédito e cita o programa como forma eficaz de combate à pobreza. "Na última década, as políticas de combate à pobreza eficazes, tais como "Bolsa Família", introduzido pelo ex-presidente Lula e continuado por Dilma Rousseff, ajudaram a força de trabalho a transformar o Brasil e aumentar o salário mínimo", afirma a publicação.

O Bolsa Família, que contempla 13,8 milhões de famílias e completa dez anos em outubro, é o principal programa de transferência direta de renda do governo. Ele tem forte peso político-eleitoral, tendo se tornado um dos símbolos das gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

De acordo com a CNN, uma mistura de baixo desemprego e de um crédito de consumo fácil tem feito aumentar a chamada nova classe média. "O Brasil costumava ser um dos países mais desiguais do mundo", lembra o professor Naercio Mezenes Filho, ouvido pela reportagem, que é assinadaA reportagem afirma que populações que moram em favelas agora aspiram ter produtos que vão de carros a aparelhos de DVD. "Tem havido um grande aumento no consumo interno", afirma Edmund Amann, professor de ciências sociais na Universidade de Manchester.

A emissora informa que o crédito dado para o consumo é um dos fatores que têm ajudado nessa mudança. Apesar disso, não há atualmente a possibilidade de que haja uma bolha, de acordo com avaliações feitas por especialistas consultados pela CNN. "Eu não acho que há alguma chance de ver o que aconteceu na Europa e os EUA na crise imobiliária", afirma Mezenes Filho, de acordo com a reportagem.

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