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Impostos

O governo federal está espremendo onde dá para fechar as contas. Elevou o imposto da cerveja, deixou mais caras as apostas nas lotéricas e dá sinais de que não tem como segurar o IPI dos carros, apesar da pressão das montadoras.

Em baixa

Investimentos

Um indicador de que os investimentos não estão crescendo neste primeiro trimestre vem da indústria. No primeiro trimestre, o setor de bens de capital teve uma retração de 0,9%, na comparação com o mesmo período de 2013.

Estamos a um ano da reunião em Paris que deveria ser um marco real para uma ação internacional contra o aquecimento global e o que temos é pouco comprometimento diante da urgência de se fazer algo para evitar uma catástrofe climática. Um relatório feito a pedido do governo dos Estados Unidos e divulgado na semana passada dá uma dimensão dessa urgência. Os cientistas são claros: o aquecimento global pode ser sentido em todas as regiões dos EUA e seus efeitos são majoritariamente negativos.

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É importante ressaltar duas coisas sobre o documento. Ele foi feito por cientistas de um dos países que mais emitem carbono (atrás somente da China) e também um dos mais resistentes em assinar um acordo que estipule limites a essas emissões. Além disso, é mais incisivo do que o relatório do IPCC, o painel da ONU que faz os estudos científicos sobre mudanças climáticas. Os cientistas dizem que os invernos estão mais curtos e quentes, que as camadas de gelo durante o inverno estão mais finas e que o aumento da chuva nas regiões úmidas foi maior do que se imaginava.

Os estudos com maior grau de certeza sobre os efeitos do aquecimento global só apareceram na década de 90. Já há consenso de que o fenômeno existe, é provocado pelas emissões de gases de efeito estufa e que no longo prazo ele chegará a um ponto com consequências trágicas. O que o relatório americano deixa ainda mais claro é que não há tempo a perder. Alagamentos e secas históricas são efeitos presentes do aquecimento global e, para que os problemas não aumentem, precisamos pensar em uma economia menos dependente do carbono.

Cara cerveja

A Ambev divulgou em seu balanço do primeiro trimestre o que parece ser uma resposta ao aumento da carga tributária do setor. A companhia revisou para baixo sua previsão de investimento, não devendo repetir os R$ 2,8 bilhões do ano passado. A razão é uma esperada queda de volumes devido ao aumento de impostos.

A empresa vinha tentando evitar o aumento de preços, mas já anunciou que não vai cortar suas margens. Ou seja, teremos cervejas mais caras e menos investimentos. Um dos projetos da Ambev em andamento é uma nova fábrica em Ponta Grossa.

Bolha onde?

O economista norte-americano Robert Schiller deu mais uma entrevista sobre o mercado imobiliário brasileiro na semana passada, desta vez para o El País. Ele continua convencido de que há uma bolha – a velocidade da valorização dos imóveis seria o sintoma do problema. O defeito da previsão é o mesmo que se viu nos EUA: lá, Schiller passou quase uma década prevendo o estouro da bolha, que enfim chegou em 2007. Ou seja, há uma boa chance de qualquer um acertar sem dizer quando ou como a bolha vai estourar.

Mas, há bolha mesmo? O mercado imobiliário brasileiro é bem diferente do americano, a começar pela exposição dos bancos ao crédito, que é ainda muito baixa. A maior parte dos negócios é de primeira moradia e as grande construtoras estão se recuperando do momento ruim de dois anos atrás. São coisas que parecem normais. Agora, os preços a que chegamos são mesmo difíceis de explicar.

Férias na Copa

Fica para depois dizer se é sorte ou azar: a Copa chega em um momento ruim para as montadoras. O torneio não deve ajudar nas vendas, já que pouca gente vai querer comprar carro em dia de jogo, mas pelo menos ajuda na negociação das empresas com os sindicatos. Ficou fácil dar as folgas para os dias de jogos importantes.

Quanto vale

Não há dúvidas de que a Copa do Mundo deixará como legado estádios que serão elefantes brancos. Só não se sabe quanto foi o prejuízo público com a construção das arenas. Para tirar a dúvida, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), disse que pode vender a Arena da Amazônia, que custou R$ 670 milhões. Somente assim vamos saber quanto realmente vale o investimento – sem chance de errar, é bem menos do que foi gasto na construção. Em Curitiba, nunca vamos saber.

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