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Básicos

Os produtos básicos representaram pouco mais de 50% das exportações brasileiras no primeiro semestre. No Paraná, o índice é de 56% até maio. Resultado da pujança no campo e crise na indústria.

Em baixa

Emprego

A geração de empregos vem desacelerando, em especial na indústria. Sondagem da FGV sobre a perspectiva do emprego industrial para o trimestre que vai até agosto atingiu a menor marca em cinco anos.

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A crise de 2008 foi combustível para a tese de que havia chegado uma nova ordem econômica, em que os países emergentes seriam as grandes locomotivas do crescimento, com os Estados Unidos passando a uma posição secundária. É verdade que a tendência global continua a mesma, já que há muito potencial de crescimento em nações emergentes, mas a história não é tão rápida quanto muitos pensavam há seis anos. Os Estados Unidos podem ter perdido muito do poder político, mas sua economia está mostrando que tem ainda como liderar o crescimento global.

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Há seis anos, o debate nos EUA não era se, mas quando a recuperação viria. Essa expressão de confiança era baseada na aposta de que a combinação de ambiente aberto ao investimento com setores altamente inovadores, apoiada por uma mão de obra ainda crescente por causa da imigração, faria com que a crise fosse superada. Esse processo foi ajudado por um fator energético: o gás natural barato extraído dos campos de gás de xisto. Fala-se também no retorno da indústria, que cresce com a alta produtividade e inovação do país. Os EUA não caíram na armadilha da economia japonesa dos anos 90, nem na crise da dívida europeia.

A transição da economia americana não está completa, porém. Dados positivos como a criação forte de empregos e uma taxa de desemprego em queda ainda aparecem rodeados de informações sobre desigualdade e taxa de pobreza crescentes. Nos próximos dias, deve sair o número do crescimento do PIB no segundo trimestre. O mercado espera algo em torno de 3%, na taxa anualizada. É de dar inveja.

Energia

É irônico, mas a crise na indústria está fazendo com que a crise elétrica perca força. Isso porque o consumo industrial de energia está caindo, dando uma folga para as usinas geradoras. Em maio, o consumo do setor caiu 4,3%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o menor consumo desde 2009. Se a economia estivesse crescendo e a indústria indo de vento em popa, o risco energético seria bem maior.

Compagas

A Compagas, empresa que distribui o gás natural no Paraná, refez as contas de faturamento para este ano após a Copel assumir a gestão da UEGA, a usina elétrica a gás localizada em Araucária, que antes estava arrendada para a Petrobras. Com o negócio, o fornecimento de gás passou a ser intermediado pela Compagas, que espera uma receita de R$ 2,4 bilhões neste ano, contra R$ 480 milhões em 2013. A mudança não poderia ter ocorrido em melhor momento. A usina tem sido acionada por causa da falta de chuvas no Sudeste e tem dado lucro também à Copel.

Sanepar

Em tempos de debate político sobre a tarifa da energia, vale a pena lembrar o caso da Sanepar. O governo anterior brigou com os sócios privados da empresa e manteve a tarifa da água artificialmente baixa. Isso comprometeu a rentabilidade da empresa e sua capacidade de investimento. Em 2013, três anos depois da mudança nessa política, a Sanepar foi listada na Melhores e Maiores da revista Exame como a quarta companhia que mais cresce no país (o lucro por ação saltou 31,7% de 2010 a 2013) e isso fez com que ela tivesse caixa para investir. No ano passado, ficou na 30.ª colocação na lista das empresas que mais investem no país – foram R$ 793 milhões. A lista da Exame tem mil empresas.

Novozymes

A companhia dinamarquesa Novozymes está procurando um lugar para construir uma fábrica para produzir enzimas usadas na fabricação de etanol de segunda geração e o Paraná entrou oficialmente na briga na semana passada. O governo do estado quer que a companhia se enquadre no Paraná Competitivo, que concede benefícios fiscais a novos investimentos. O estado tem a vantagem de já sediar uma planta da empresa, em Araucária.

Itaipu

A Itaipu Binacional obteve seu primeiro rating em moeda estrangeiro. Concedido pela Moody's, o rating foi Baa2, nota um degrau acima do que é considerado o "investment grade", ou seja o nível mínimo de segurança para a maioria dos fundos internacionais. A classificação é suficiente para uma boa emissão de títulos em moeda estrangeira. A agência destacou como ponto positivo o fluxo de caixa previsível e constante da companhia. Os principais riscos são sua dívida relativamente alta e o potencial para interferência política em suas atividades.

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