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Opinião

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Quem já estudou um pouco de administração e planejamento estratégico deve ter esbarrado várias vezes nessa cadeia de verbos. Eles compõem o chamado "ciclo PDCA" – baseado nas iniciais das fases em inglês: Plan, Do, Check, Adjust –, uma ferramenta para o controle e melhoramento contínuo de processos e produtos.

O processo é simples – tão simples que chega a ser surpreendente que foram necessários anos de estudo para chegar a uma fórmula tão sem segredos. Começa com uma definição dos objetivos a serem alcançados e dos processos necessários para chegar até eles. Depois, coloca-se em prática essa estratégia. O terceiro passo é um estudo dos resultados, que devem ser comparados com as estimativas feitas na fase de planejamento. A essa fase de checagem seguem-se ajustes das estratégias adotadas, que irão demandar um novo planejamento... E o ciclo tem um novo início.

Se o método vale para as empresas em geral (e dá certo!), por que não aplicar na gestão financeira pessoal? A verdade é que muita gente perde mais do que deveria porque se recusa a mudar de estratégia. É senso comum que é preciso rever caminhos quando ocorrem mudanças importantes de referenciais. Pense, por exemplo, no momento em que o Banco Central colocou em marcha a redução da taxa básica de juros, em setembro do ano passado. Essa é uma notícia que, claramente, exige uma nova estratégia – principalmente para quem estava concentrado em aplicações de renda fixa. Mas reavaliações periódicas permitem uma sintonia mais delicada, de modo a obter melhores resultados. Mais: quem está sempre estudando os seus próprios investimentos tem maior capacidade para mudar de rumo, se necessário.

Em geral, os especialistas em finanças pessoais sugerem que o investidor reavalie a sua carteira pelo menos a cada seis meses. Em períodos mais turbulentos, como o atual, elas podem ser mais frequentes. E não é preciso fazer isso sozinho: bancos e corretoras fazem algo semelhante todo o tempo, por meio das avaliações de cenário macroeconômico e das carteiras sugeridas. Os relatórios enviados diariamente ou semanalmente por essas instituições podem ser de grande utilidade na hora de revisar as estratégias de investimento. Além disso, na hora de vender seus serviços, os mesmos bancos e corretoras costumam destacar a disponibilidade de consultores de investimentos. Não deixe de recorrer a eles para pedir simulações.

Mudando de assunto...

Já faz algum tempo que as estatísticas mostram taxas de desemprego bem mais baixas do que a média de décadas passadas. De forma geral, costuma-se tratar esses níveis baixos como "pleno emprego". Essa generalização é perigosa – a maioria de nós conhece alguém que está desempregado há meses, mesmo tendo boas qualificações. Aliás, a questão é bem essa: há emprego sobrando para cargos de baixa qualificação, enquanto os que exigem mais escolaridade estão em relativo equilíbrio.

Feita essa ressalva, é preciso admitir que o Brasil de hoje está bem melhor para quem busca trabalho do que o de uma década atrás. Por isso chega a ser surpreendente a sobrevivência de algumas formas de subemprego que surgiram nos tempos de vacas magras. Guardadores de carro e aqueles sujeitos que vendem balas nos semáforos, por exemplo, submetem-se a situações de risco e de ilegalidade num mercado movido mais pela compaixão do que por real interesse comercial. A questão: se há vagas no mercado real, não seria melhor se buscassem emprego?

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