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De olho nas finanças

Os sem-patrão(parte 2)

Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). (Foto: Divulgação)

Ao contrário dos animais que não têm geladeira para conservar o excesso obtido nos bons dias de caça, nós, os seres humanos do século 21, temos sofisticados produtos financeiros à disposição. Os investimentos funcionam como refrigeradores. Melhor ainda, eles fazem a comida estocada aumentar muito, ao longo dos anos, através dos juros, dos aluguéis e dos dividendos.

Profissionais liberais e pequenos empresários precisam fazer o dinheiro trabalhar para eles. É a melhor maneira de criar uma rede para protegê-los nos momentos ruins em suas atividades. Quem não tem patrão não tem tempo a perder e nem pode assumir riscos exagerados em suas aplicações. Eles não têm 13.º salário, INSS ou fundo de garantia. Assim como os animais selvagens, o profissional liberal e os empreendedores precisam lutar muito para sobreviver.

Nos bons meses, não devem se acomodar. Precisam pagar suas dívidas e poupar de verdade. É bom terem uma grande gordura em aplicações de renda fixa, como em CDBs e em fundos DI com baixas taxas de administração.

O ideal é manter, pelo menos, o valor equivalente a seis vezes suas despesas mensais aplicados numa reserva para emergências. Quem gasta, digamos, R$ 3 mil por mês não pode relaxar antes de acumular R$ 18 mil para emergências. Sei que não é fácil, mas, veja bem, é o preço de sua alforria. Quem conseguir atingir a meta poderá comprar tudo à vista e até dispensar o cheque especial no banco.

A seguir, deve-se pensar nos investimentos de longo prazo para transportar para o futuro os ganhos do passado e do presente. E, nesse ponto, viver no Brasil tem suas vantagens. A cultura de investimentos ainda está dando seus primeiros passos. Nesse assunto, quem tem um olho é rei. Não é à toa que as taxas de juros são exorbitantes, que os dividendos pagos pelas ações são dos maiores do mundo e que os aluguéis dos pequenos imóveis ainda são muito atraentes.

Quem vive no Brasil deve aproveitar os melhores momentos de sua vida profissional para investir muito. É a forma mais segura de ter uma vida digna no futuro, quando sua capacidade de ganhar dinheiro com o próprio trabalho estiver, naturalmente, reduzida.

O leitor pergunta:

– O que esperar do Ibovespa no auge de 54.500 pontos?

A euforia é intensa. O risco também. O pequeno investidor que só agora acordou para as vantagens do investimento em ações deve ir com calma. Permaneço com meu otimismo moderado no curto prazo.

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