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Pontos de destaque

As consequências do aumento de renda e endividamento no comportamento do consumidor.

73% dos consumidores estão mais ordenados e racionais, para não perder tempo.

Foram 23 idas a menos aos pontos de venda na média de 2013 contra 2012.

51% das compras de bens de consumo de alto giro são realizadas por mulheres desacompanhadas.

Você tem a sensação de que sua vida entrou em um turbilhão nos últimos anos? Você não tem tempo nem para ir ao supermercado, e também está meio sem dinheiro, dado tantos compromissos? Bem vindo ao time, pois você faz parte de uma maioria apontada na pesquisada realizada pela Kantar Worldpanel, que em maio último apresentou seus resultados no 30º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados, promovido pela Associação Paulista de Supermercados (APAS). A pesquisa mostra as alterações nos hábitos do consumidor, que vieram como consequência do aumento de renda e da diminuição do desemprego nos últimos anos, e também do maior endividamento assumido pela aquisição de imóveis e automóveis, para destacar as categorias mais relevantes.

O consumidor diante de dificuldades

Ao investigar a percepção dos consumidores, 73% afirmaram que "os preços aumentaram" e 61% declararam contar com um orçamento limitado, o que os faz comparar preços entre produtos e lojas para otimizar seu dinheiro. Outros 73% declararam que buscam um comportamento mais ordenado e racional possível quando vão às compras, para não perder tempo. Além disso, quando o consumidor vai ao supermercado, tem que decidir as compras diante de um sortimento de produtos maior a cada ano. São cerca de 233 mil itens ofertados atualmente, o que significa 14 mil a mais que no ano anterior. Ao se ver com menos dinheiro e menos tempo, o consumidor está buscando utilizar melhor os dois. Os consumidores fizeram 23 idas a menos aos pontos de venda em 2013, contra a média do ano anterior. Além disso, aumentou o número de pessoas que passaram a priorizar compras para despensa e reposição (72% em 2013 contra 67% em 2009). As consequências observadas são um menor fluxo no varejo, menor chance para a conversão de compras e maior valorização da visita do consumidor à loja.

Quem visita o varejo?

Compreender o comportamento e o pensamento do consumidor torna-se ainda mais importante no cenário relatado acima. Por exemplo, é preciso saber que a pessoa que compra, em geral vai sozinha ao ponto de venda quando o assunto são bens de consumo de alto giro, como itens de mercearia básica e higiene pessoal. Nessa modalidade, 51% das compras são realizadas por mulheres desacompanhadas, outras 23% pelo casal ou família e apenas 13% feitas pelo homem sozinho.

Entretanto, ao analisar os canais de vendas, os maiores, como super e hipermercados e atacadistas, continuam tendo maior volume de compras realizado por casal ou família, enquanto armazéns, hortifruti, feiras e drogarias têm maior tendência de receber visita de solitários. Outro aspecto relevante, é que os consumidores passaram a utilizar maior variedade de canais. Em 2001 eram 61% das famílias que utilizavam pelos menos três tipos de canal de vendas, enquanto em 2013 esse número passou para 84%, o que mostra maior concorrência pela atenção e visita do consumidor.

(Fontes consultadas: ExpressShopper Kantar Worldpanel 2013, GRJ+GSP; FMCG 2013; Shopper Mission Brazil; Users & Shoppers FMCG 2013; em apresentação da Kantar Worldpanel na Feira APAS 2014).

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