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Pontos de destaque

• 40% do volume de vendas de alimentos, higiene e limpeza, e perfumaria estão no pequeno varejo.

• O perfil do varejista no Mercado de Vizinhança.

• Conveniência com abrangência de serviços.

Os "mercados de bairro" são aqueles pequenos estabelecimentos, com um a quatro caixas (check-outs), que nos servem em nosso dia-a-dia, com a conveniência e simpatia típicos do "Seu Zé", aquele varejista corajoso e empreendedor que está ali há anos (em média 17 anos), competindo com as grandes redes nacionais e regionais de super e hipermercados por nossa preferência. É interessante notar que o também chamado "mercado de vizinhança" registrou taxas de crescimento acima de seus concorrentes de peso nos últimos anos. Já são cerca de 65 mil estabelecimentos desse tipo no país, que respondem por mais de 40% do volume de vendas em alimentos, higiene e limpeza, e perfumaria. Isso é atribuído em parte ao crescimento do poder de compra do consumidor, que passou a buscar mais conveniência, proximidade e praticidade para suas compras, segundo a pesquisa "Mercado de Vizinhança: Uma visão 360 graus do pequeno supermercado", realizada pela GfK Brasil ao longo dos últimos três anos. Foram visitadas cerca de 1.650 lojas e em média 400 varejistas foram entrevistados a cada ano.

O perfil do varejista no Mercado de Vizinhança

Ele tem em média 40 anos de idade e a maioria (cerca de 70%) são homens. Esses empreendedores conduzem negócios familiares (85%) de apenas uma loja (80%). Sua experiência no ramo gira em torno de 16 anos, e é mais prática do que teórica, pois a grande maioria (80%) não concluiu o curso superior.

Conveniência com abrangência de serviços

Apesar de pequenos, os mercados de vizinhança oferecem um bom sortimento de produtos (8.900 itens em 2013 contra uma média de 7.700 itens em 2012). Esses pequenos varejistas decidem que itens comprar baseado, em primeiro lugar, no que seus clientes pedem, e dão preferência a marcas líderes. Agregam ainda uma boa variedade de serviços para fazer valer a conveniência, onde 82% oferecem entrega em domicílio, 44% têm estacionamento e 84% possuem scanner no caixa para agilizar a vida de seus clientes. O scanner de caixa é apontado como uma forte tendência, pois foi o item que mais cresceu em presença no pequeno varejo durante a pesquisa (10 pontos porcentuais ao ano). É curioso notar, ainda, que 27% possuem site na internet.

E não para por aí. Essas lojas parecem estar mais antenadas com seus clientes e suas rotinas. Por isso, o horário de funcionamento é diferenciado, com 80% delas ficando abertas por mais de 12 horas. Agora, o golpe de misericórdia na concorrência: mais de 30% das lojas vendem à crédito – fiado com a boa e velha caderneta. Os pequenos varejistas do Sul mostram-se ainda mais adeptos a essa prática, chegando a 50% do total na região.

Um bom negócio para todos

Um mercado de vizinhança com até quatro caixas pode chegar a um faturamento anual acima de R$ 4 milhões. A pesquisa mostrou uma forte correlação entre o faturamento total e o número de funcionários, verificando uma média de faturamento por funcionário de cerca de R$ 180 mil por ano.

Este foi o retrato desenhado pela pesquisa: um cenário bom para o cliente, bom para o funcionário e bom para o empreendedor.

Sandro Gomes é sócio-diretor da CrossVision – Consultoria e Assessoria em Gestão de Negócios e Marketing

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