Ficha técnica
Mafia II
- Plataforma: Xbox 360, Playstation 3 e PC
- Produtora: Illusion Softworks
- Categoria: Plataforma
- Preço: R$ 199
- Pró: Ambientação fiel dos anos 40
- Contra: Monotonia na movimentação entre fases
Um italiano pobre migra para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor nos anos 40. Por motivos de sobrevivência, e caráter, acaba se metendo em uma organização criminosa, na qual tentará alcançar os mais altos cargos e, talvez, se tornar o inimigo público número um. Tudo com muita macarronada, vinho e sotaque espaguete. Este é o enredo de Mafia II, que acaba de chegar aos consoles Playstation 3, Xbox 360 e PC.
Os desenvolvedores da Illusion Softworks parecem não ter tido qualquer pudor ao beber em fontes de clássicos do gênero, como a trilogia O Poderoso Chefão e a série televisiva Família Soprano. O protagonista, Vito Scaletta, é um imigrante italiano que tentará sua sorte em uma das três famílias que comando o submundo do crime em Empire Bay, uma espécie genérica de Nova York. O problema é que as famílias estão em guerra. Além disso, há um conflito de interesses dentro dos próprios clãs. Os mais velhos preferem fazer dinheiro com cassinos e agiotagem e os mais jovens buscam dinheiro sujo com assaltos e tráfico de drogas.
A aventura de Vito se inicia um pouco antes de partir para o Novo Mundo. A primeira missão começa durante um conflito na Sicília, Itália, país alinhado com o exército nazista durante a 2ª Guerra Mundial (as notícias de guerra acompanharam toda a trama através de rádios). O jogador é colocado dentro de uma batalha urbana. Com movimentação que lembra alguns jogos de tiro, como Medal of Honor (apesar de ser em terceira pessoa), é necessário aniquilar inimigos e invadir um prédio onde o exército inimigo mantém alguns reféns. A ação é bem fluída com muitos momentos de susto, principalmente quando a equipe espera que Vito seja o primeiro a transpor algum obstáculo. O jogador notará logo de início que não pode confiar em uma porta fechada.
A jogabilidade é bem parecida com a da séria Grand Theft Auto. Há um grande cenário interativo no qual se pode fazer milhares de caminhos alternativos. Basicamente, o jogador deve seguir de um ponto A para um ponto B para prosseguir na história. Aqui fica registrada a maior falha técnica do jogo. Ao contrário de GTA, Mafia II não incluiu pequenos minigames durante a trajetória, o que aumentaria a duração da partida por muitas horas. Na maior parte das vezes, o jogador só pode passear pelos gigantes cenários sem conseguir interagir com outros personagens. Uma das poucas opções disponíveis é enfrentar a polícia a tiros ou tentar uma fuga ousada.
Por outro lado, um aspecto positivo que se destaca é o acabamento técnico e de direção de arte. Os cenários baseados nos 40 são mais fidedignos que o mais fiel dos filmes de Hollywood (afinal tudo pode ser criado em animação gráfica). Os detalhes ficam evidentes em quase todos (para não dizer todos) os elementos de cena, desde a frota de carros com uma grande variedade de modelos, fachadas de edifícios e casas e utensílios domésticos. A dublagem também se destaca ao usar um inglês bem macarrônico.
O que pode dividir opiniões dos jogadores é a quantidade de cenas não interativas, chamadas de "cut-scenes", que interrompem a ação. Os produtores justificaram que pretendiam dar maior profundidade à história e desenvolver melhor os personagens. No entanto, o excesso de interpretação pode acabar tornando a experiência de Mafia II um processo bem aborrecido para os menos pacientes.
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