O que não faltou foi jogo bom

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Fim de ano é a época das listas dos melhores. As principais publicações revelam quais foram os filmes, bandas e personalidades (entre outros) que se destacaram nos últimos 12 meses. Nos games não é diferente, com premiação para todo lado. Na última coluna do ano, este colunista se absterá de fazer uma relação definitiva, ficando restrito a apenas comentar os vencedores apontados pelas principais publicações do meio. É um texto curto que serve como uma retrospectiva "ga­­mística". Vamos nessa.

Comecemos com eleito "Jo­­go do ano" pelo Video Game Awards, espécie de Oscar da indústria dos joysticks. Un­­charted 2: Among Thieves (Play­station 3), lançado já no apagar das luzes, faturou mais uma penca de outros prêmios. É a escolha óbvia produzida pelos grandes estúdios. Ação estilo Indiana Jones, que normalmente agrada a maior parte do público. A série, que traz os melhores gráficos já feitos nos consoles, foi também a principal ferramenta de markenting para ajudar a alavancar as vendas do videogame da Sony. Novidades ou avanços de narrativas passam longe daqui. É mais do mesmo, mas muito bem feito.

Outro arrasa-quarteirão que se deu bem nas premiações foi o polêmico Call of Duty: Modern Warfare 2 (PS3, Xbox 360 e PC), que conseguiu a proeza de causar ojeriza em diversos governos por este mundo afora. Dois fatos relevantes: foi o maior lançamento da história do entretenimento (faturou mais que filmes, discos e livros) e um dos primeiros "blockbusters" a trazer uma fase na qual o jogador entra na pele de um terrorista e precisa matar inocentes em um aeroporto. Men­­ção honrosa para a missão nas favelas cariocas com o Cristo Redentor ao fundo. Lembrando que políticos brasileiros também não gostaram muito da "homenagem". New Super Mario Bros. (Wii) e Dragon Age: Origins (PS3, Xbox 360 e PC) arrebentaram na crítica e levaram algumas categorias. Os musicais multiplataforma Guitar Hero 5, The Beatles: Rock Band e DJ Hero também fizeram por merecer.Por fim, os que mais agradaram esta coluna e que foram esquecidos por boa parte da crítica: Flower (PSN), Grand Theft Auto: Chinatown Wars (DS e PSP) e Scribblenauts (DS). Jogos me­­nores, de baixo orçamento e que regam as esperanças de que o futuro dos games possa vir a ter mais novidades baseadas na criatividade e menos no departamento de marketing.