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O jogo Dead Island se passa em uma ilha turística em que protagonistas são abando­nados após um levante zumbi: mistura de tiro em primeira pessoa com elementos de RPG | Divulgação
O jogo Dead Island se passa em uma ilha turística em que protagonistas são abando­nados após um levante zumbi: mistura de tiro em primeira pessoa com elementos de RPG| Foto: Divulgação

Ficha técnica

Dead Island

- Plataforma: PC, X360 e PS3

- Categoria: Tiro

- Preço: R$ 100 (Steam)

- Pró: Zumbis de biquíni

- Contra: Problemas gráficos

Notas

Nas nuvens

O console Onlive, que promete banir o formato físico dos jogos, começou a ser vendido na última semana. O console é uma espécie de set-top-box a ser acoplado em qualquer aparelho com uma tela (há versões até para tablets). Segundo a desenvolvedora, o consumidor precisa "apenas" de uma banda larga com mais de 1 MB de velocidade para desfrutar em tempo real de um dezenas de títulos estocados em servidores. Ou seja, para se divertir tem de estar conectado. O lançamento do console foi acompanhado por uma vasta biblioteca, que já conta com nomes de peso como Assassin’s Creed, Batman: Arkham Asylum, Mafia II e Darksiders.

Gafe

Max Payne está volta. O protagonista careca encara sua terceira aventura em terras brasileiras. Mais especificamente em São Paulo que, como descreve o vídeo teaser da própria Rockstar Games, é "famosa por seu clima agradável, vida noturna e pelas músicas de baile funk". A correção, que veio pouca horas depois, através do blog oficial, esclarecia que o texto inicial citava o Rio de Janeiro como o local de origem dos bailes e que, na edição final, o trecho foi suprimido. Ficou assim: "São Paulo é famosa por seu clima úmido e pelo cena glamorosa, mas pobreza, violências com gangues e sequestros são o lado obscuro dessa grande cidade". Agora faz sentido.

Os apressados serão punidos

O lançamento oficial no Japão de Dark Souls estava programado para a última sexta-feira. Mas alguns lojistas começaram a vender cópias dias antes. Em retaliação, a From Softwa­re decidiu punir os jogadores que toparam furar a programação de vendas. Quem se aventurasse a entrar no modo on-line antes de sexta-feira era surpreendido por monstros extraordinariamente fortes, matando o personagem do jogador em poucos minutos. A estratégia deve ser mantida para os consumidores ocidentais, que só poderão comprar o jogo em 4 de outubro.

Uma menina deitada no chão. A câmera, inicialmente em close-up no olho dela, se afasta. A his­­tória é contata de trás para frente, semelhante ao filme francês Irreversível. Aos poucos, nota-se que a menina havia sido jogada de uma janela pelo o próprio pai. A ação continua em movimento contrário. Agora o pai carrega a filha nos braços, protegendo-a. Eles fogem de uma horda de zumbis. O fim é uma foto de fa­­mí­­lia durante a chegada a uma ilha paradisíaca. Com este trailer, que escapa completamente dos clichês da indústria dos videogames, a produtora Deep Silver conseguiu ganhar projeção mundial e colocar Dead Island entre os jogos em produção mais co­­men­­tados. O vídeo se transformou num viral. Ganhou paródias.

No começo deste mês, Dead Island chegou às prateleiras junto com a responsabilidade de mostrar algo diferente. Se não conseguiram trazer novidades, pelo menos a mistura de boas ideias, explicitamente encontradas em Fallout 3 e Left for Dead, o transformou numa experiência única e competente. A aventura se passa em uma ilha turística chamada de Banoi, localizada na costa da Papua Nova Guiné. Os protagonistas se encontram em um dos hotéis abandonados após um levante zumbi. O objetivo é en­­contrar sobreviventes, descobrir a origem da infestação e cair fora de lá.

À primeira vista, Dead Island parece ser apenas um jogo de tiro em primeira pessoa. E mais um com mortos-vivos. Num olhar mais aprofundado, nota-se claramente que houve muita dedicação dos produtores ao misturar elementos de RPG. Apesar de usar uma câmera em primeira pessoa, o foco do jogo não é derrubar os ini­­migos apenas com tiros. Há pou­­cas variedades de armas de fogo, que podem ser calibradas para ter mais potência ou durar mais. Também é difícil de se achar armamento nos cenários, já que, afinal, o jogador está numa ilha e não num quartel general. Por isso, é bom treinar outras formas de abate, como machados ou bastões de beisebol. O mais interessante é desenvolver o protagonista e ex­­plorar os cenários.

Pode-se escolher entre quatro personagens, cada um com características próprias de combate e que podem ser desenvolvidos em três árvores de habilidades. O que torna as partidas on-line muito mais divertidas, já que será difícil encontrar companheiros com capacidades iguais no modo cooperativo. Os cenários são amplos e podem ser explorados com total liberdade. É preciso, no entanto, tomar cuidado, já que os produtores deixaram várias armadilhas escondidas por todos os cantos.

Dead Island não é um jogo imperdível, mas a mistura de elementos de RPG e de tiro somada a um cenário "sand-box" (mundo aberto interativo) o diferencia dos demais títulos lançados recentemente. O mapeamento dos corpos dos inimigos também é uma boa adição, o que torna mais interessante acertar braços e pernas antes do golpe final. Encontrar zumbis de bermuda e biquíni pode ser considerado um extra.

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