Ansiedade: não deixe que ela te derrube

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A expectativa de entender o desconhecido gera uma sensação bastante conhecida por muitos e bem contornada por poucos. Falo da ansiedade, uma sensação de angústia que acaba atrapalhando muitas pessoas com alto grau de expectativa dentro do ambiente de trabalho. Vivemos um momento conturbado em que empresas e profissionais de todo o mundo enfrentam a incógnita do que acontecerá nos próximos meses no mercado econômico. Por isso essa expectativa pode ser multiplicada infinitamente, já que ela mexe com a incerteza do emprego, das finanças e da integridade das empresas.

O ser humano, ao decorrer de sua evolução, adquiriu uma capacidade impressionante de aceleração da mente, ou seja, agimos na maior parte do tempo pensando nas consequências dos nossos atos no futuro. Ocorre que, como dizem, "o futuro a Deus pertence" e, por mais que tenhamos perspectivas financeiras com base em cálculos, não conseguimos prever com exatidão o que acontecerá de fato. É aí que entra a ansiedade. Por causa dessa rapidez de pensamentos, muitas vezes não conseguimos parar e esperar as coisas acontecerem ao seu tempo. E o que ganhamos com isso?

Muitas vezes nada, a não ser fortes dores de cabeça e um altíssimo nível de estresse. Porém, como costumo dizer, há sempre o lado bom das coisas e o ansioso, tomado pela sua pressa em ver as coisas acontecerem, muitas vezes acaba tomando decisões importantes que aceleram o andamento dos processos. Porém hoje prefiro falar daqueles que, em decorrência da sua falta de autocontrole, não conseguem contribuir em nada para as coisas melhorarem, e perdem suas energias apenas imaginando (e não implementando) o que será do futuro.

Acredito que o primeiro passo de todos é tentar conhecer o que está lá na frente. Não estou falando de previsões, mas sim de estudar o cenário e identificar as probabilidades que cercam os fatos. À medida que você consegue compreender as coisas que podem acontecer é mais fácil planejar ações corretivas e preventivas para evitar que determinadas catástrofes aconteçam. Um exemplo disso é o desemprego. Aquele que entende os perigos de se tornar desempregado, por causa dessa crise que nos cerca, consegue se planejar financeiramente para ter um respaldo, caso isso ocorra. Ou mesmo, consegue se adiantar e agir de acordo com o momento: dependo do meu trabalho e vou lutar para que a empresa supere essa crise. Como? Trabalhando!

É fato que a instabilidade gera insegurança e é isso que faz com que a maioria dos profissionais se torne extremamente ansiosas, deixando passar dados importantes para sua sobrevivência na frente dos seus olhos sem entender, ao certo, como aquilo pode auxiliá-lo.

A partir do momento em que a pessoa consegue vislumbrar as probabilidades que o cercam, automaticamente o indivíduo consegue ter um maior autocontrole de suas atitudes e sensações. Não conheço ninguém que não passe por momentos de ansiedade e até acredito que não seja possível eliminar por completo isso. Não é à toa que, em muitos casos, isso é tratado como patologia, com medicações específicas e terapias direcionadas. Mesmo assim, defendo a tese de que entendendo o contexto e focando suas energias em dominar a situação haverá menor chance de a ansiedade dispersar, atrapalhar ou adoecer qualquer indivíduo.

Para isso, é preciso se concentrar no objetivo final. A crise existe e a ameaça de um desligamento nos assombra. A ideia principal é assegurar o emprego, correto? Errado! A ideia principal é salvar a empresa e fazê-la progredir, mesmo sob o domínio de uma crise. Veja, é um efeito cascata: se você se foca em salvar a empresa, desempenhará um melhor trabalho, automaticamente será melhor visto pelos seus superiores e, consequentemente, ganhará mais confiança deles. Já, se olharmos por outro ponto de vista, podemos pensar de cima pra baixo. À medida que os colaboradores de uma empresa pensam que precisam salvar a empresa, as chances de isso realmente acontecer será maior e, acontecendo, não há porque fazer demissões. É uma lógica quase matemática. Aliás, quase não! Com os números subindo, a tendência é de contratação e não demissão.

Por isso digo: ansiedade existe, mas não deixe que ela atrapalhe seu desempenho e isso só depende de você.

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Teste

Identifique dentre as respostas qual a alternativa que melhor se enquadra a você:

1-Você tem uma entrevista de emprego na manhã seguinte, você:

a) Dorme tranquilamente como sempre.

b) Dorme tranquilamente, mas procura programar-se para acordar mais cedo para ter tempo de se preparar para a entrevista.

c) Dorme mal à noite, pensando em como será a entrevista.

2-Você está aguardando a sua entrevista e o entrevistador está atrasado. Você:

a) Aguarda tranquilamente.

b) Lê uma revista ou livro para se manter distraído.

c) Não consegue se concentrar em nada. Fica tenso, com frio na barriga.

3-Seu trabalho depende de informações de outras pessoas, mas elas estão demorando. Você:

a) Aguarda, afinal, o trabalho depende da equipe.

b) Conversa com as pessoas para estabelecer prazos.

c) Irrita-se e fica reclamando ou cobra as pessoas de forma insistente.

4-Você está insatisfeito com seu salário atual e decide pedir um aumento ao seu superior. Você:

a) Aproveita uma conversa com seu chefe e introduz o assunto de maneira informal.

b) Mune-se das informações e marca uma reunião para tratar do assunto.

c) Marca uma reunião e diz que está ganhando pouco, que o mercado é para muito mais e desta forma vai ser difícil continuar na empresa.

5-Você está responsável por um trabalho de grande extensão:

a) Você vai tocando um pouco por dia, um dia você acaba.

b) Monta um cronograma e estabelece prioridades e trabalha para cumpri-las.

c) Sente-se pressionado pelo prazo, trabalha até tarde e faz de tudo para entregar no prazo (ou antes dele) e assumir um novo projeto.

Se você respondeu a maioria "c", fique atento. Você pode estar deixando a ansiedade tomar conta de você. Isso não é bom para o seu desempenho profissional, seus relacionamentos e nem para sua saúde. Siga as dicas do quadro ao lado (à esquerda) e se não funcionarem, procure ajuda.

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