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Fofoca no ambiente de trabalho é o exemplo de uma situação embaraçosa da qual ninguém, ou quase ninguém, consegue ficar imune. O ideal é aprender a lidar com a situação e não deixar que ela atrapalhe o clima e, consequentemente, o trabalho das equipes. Mas como fazer isso? Há uma maneira de fugir dos fofoqueiros nos corredores ou na sala de café? No artigo de hoje, darei algumas dicas de como ficar longe desse tipo de comportamento tão antiético que está presente em muitas organizações.

Acredito que todos já devem ter percebido que uma simples dedução, um cochicho ou até mesmo uma inverdade sobre determinado assunto, pode conturbar o ambiente e afetar negativamente toda a equipe. Quero dizer, uma fofoca eventualmente se torna um boato, e este pode trazer sérias consequências aos envolvidos. Como dizem por aí, uma mentira contada mil vezes torna-se verdade, e até que se prove o contrário, as reputações envolvidas já podem ter ido por água abaixo.

Consequências da fofoca

Dos muitos efeitos que as fofocas e os boatos podem causar na organização, podemos listar alguns muito comuns como: insegurança da equipe, geração de conflitos, queda na produtividade e diminuição da confiança entre os funcionários. Por isso, é papel da empresa e principais lideranças não ignorar a existência de tal prática e posicionar-se de maneira séria em relação a isso.

A postura da chefia é um fator preponderante para o extermínio da fofoca nas empresas, ou pelo menos, a diminuição dela. A presença de uma liderança transparente, próxima, que seja capaz de perceber os movimentos de mudança (humor da equipe, alteração em relações de trabalho, clima organizacional), e filtrar as atitudes que interferem na formação do clima da equipe condiciona o crescimento de uma equipe engajada, saudável, cheia de confiança mútua e vazia de mentiras ou rumores.

Como surge a fofoca?

É basicamente na falta de informação do grupo ou na má intenção de alguém que surge a fofoca. Diante disso, há a necessidade de comunicar a todos os envolvidos direta ou indiretamente em um fato, com clareza e transparência, quando mudanças ocorrem na empresa. Isso significa que em situações como o desligamento de alguém, a contratação, promoção ou transferência de um profissional, comunicados com aquelas características sejam realizados o quanto antes, preferencialmente por um porta-voz. É sabido que a informação transita com facilidade e, entre a informal e a oficial, há espaço para deturpações da mensagem.

Uma ferramenta muito eficiente na transmissão de informações – e muitas empresas já conhecem esse formato – é o jornal, seja ele mural, online ou impresso. Nele, a divulgação de ações, decisões, acontecimentos, ou até mesmo uma sessão de "fofocas saudáveis" (em que os funcionários podem alimentar a curiosidade e entrosamento com notícias positivas a respeito dos colegas, como o nascimento de um filho, a compra de uma casa ou carro, uma viagem internacional etc.) podem estar inclusos, e com isso, a possibilidade de aumentar o grau de relacionamento, entrosamento e interação entre o grupo está inclusa.

Como combater a fofoca

Algumas pessoas participam de fofocas para se sentir parte da equipe, ou para não passar uma imagem "séria demais" de si. Porém, quando alguém se envolve com esse tipo de comportamento, é visto como um fofoqueiro também, mesmo que não tenha más intenções. Apesar de todos saberem quem são os fofoqueiros, não há como evitar conversas com essas pessoas às vezes. Neste caso, há que se cuidar da reputação profissional. Por isso, zele sempre pela sua imagem.

Dessa maneira, quando perceber que o assunto começou a seguir um caminho inapropriado, procure sair discretamente da conversa e não dê espaço para que o assunto se estenda.  Outra situação muito comum é quando alguém deseja te contar algo que ninguém pode saber. Mas, se provavelmente ninguém pode saber, não deve ser boa coisa. Para não se envolver, diga que você está lisonjeado, mas que não sabe se conseguirá guardar segredo e que prefere não escutar. Assim, você se mantém imune caso uma bomba estoure.

Além disso, jamais utilize e-mails, redes sociais ou programa de mensagens instantâneas para comentar sobre os colegas ou demais situações. É importante lembrar que o conteúdo virtual também é um documento, e caso ele contenha um conteúdo inadequado pode ocasionar em demissão.

O ambiente corporativo é altamente favorável para as fofocas, e independe do tamanho da organização. O ato de fofocar ou falar mal dos outros é tão antigo que se perde na história humana, mas no meio profissional é algo que traz prejuízos financeiros e também ao ambiente de trabalho. Por isso, quando for contar algo a alguém, analise essas três perguntas: 1) O que você tem a dizer é algo comprovado? 2) Você gostaria que falassem o mesmo de você? 3) O conteúdo agregará positivamente à empresa ou ao ambiente de trabalho? Caso alguma resposta destas perguntas seja não, prefira guardar para você.

Um ambiente sem fofoca e intrigas é muito mais agradável para trabalhar, além de tudo, pense em sua reputação profissional: precisamos cometer atos que nos impulsionem ao crescimento, e não ao retrocesso.

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