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Já ouviu aquela história sobre a escassez de talentos no mercado de trabalho? Por um lado, ela é verdade. Entretanto, algumas empresas alegam isso por terem dificuldade em manter seus melhores profissionais. Isso significa que além de existirem poucos profissionais realmente talentosos, existe também uma dificuldade dos gestores em mantê-los na empresa por um longo período de tempo.

Isso pode ocorrer por diversos motivos, mas, na maioria das vezes, o profissional procura outra oportunidade no mercado porque a empresa não oferece as oportunidades que ele deseja. Independente de ser uma oportunidade de promoção ou de participação nas tomadas de decisão, se a empresa for incapaz de fornecer a maioria das necessidades e desejos dos talentos, eles sairão, sim, da empresa.

Para ilustrar melhor essa questão, darei o exemplo de um dos profissionais que recolocamos no mercado de trabalho. Quando Renato entrou em um dos nossos processos seletivos ele, com apenas 30 e poucos anos de idade, já tinha trabalhado em duas empresas de grande porte. Ele fora muito bem recomentado para o processo de seleção por ser um profissional de altíssimo nível e qualidade. Durante uma entrevista com ele, perguntei sobre o seu histórico profissional e o que tinha o levado a sair das empresas em que trabalhara.

Em alguns minutos de conversa, identifiquei nele um grande potencial, como também falhas nas empresas que tinham perdido um excelente profissional. Formado, fluente em quatro idiomas e com especializações no exterior, Renato revelou ser uma raridade no mercado de trabalho. Além disso, era comprometido, determinado e extremamente talentoso. Mas então como alguma empresa conseguiu deixar "escapar" um profissional tão competente?

Bom, pelo o que Renato me contou, logo que ingressou em sua primeira empresa, ele atingira as metas muito rapidamente, sendo motivo de elogios de seus superiores. Durante um ano, ele apresentou resultados excelentes e muito acima da média. Entretanto, Renato queria uma promoção, afinal tinha o que precisava para conquistá-la. O problema era que a política da empresa era muito rígida e, para conquistar uma promoção ele teria que permanecer na empresa por mais alguns anos, por melhor que fossem seus resultados. O caminho para ser promovido era mais longo que a média e, de certa forma, injusto.

Isso acabou frustrando o rapaz, que se sentiu desvalorizado e desmotivado. Então, tomou a decisão de sair da empresa. Na outra empresa que entrou, conseguiu ser promovido duas vezes num período de tempo relativamente curto. Entretanto, Renato tinha o sonho de ser diretor e, nessa empresa, o caminho para chegar lá era bem mais longo e incerto. Além disso, as portas para a alta gestão eram bem fechadas, não dando muita liberdade aos aspirantes ao cargo.

Finalmente, Renato saiu da empresa e acabou sendo escolhido em nosso processo seletivo para uma vaga de diretoria – o que ele desejava.

O que quero dizer com essa história é que talentos como Renato não deveriam ser desperdiçados. É preciso que os gestores mantenham as mentes abertas para novas ideias e novas possibilidades dentro da empresa, abrindo espaço para esses talentos. Afinal, são eles que fazem a diferença ao final do mês, renovando métodos, melhorando estratégias e, consequentemente, aumentando o lucro. A empresa que conseguir fornecer a eles esse espaço de criação, liberdade e possibilidade de crescimento, manterá os talentos motivados e fiéis à empresa.

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