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Ser empregável é bem diferente do que simplesmente estar empregado. Ter um emprego é ter a segurança da carteira assinada, de gozar dos direitos que ela confere ao funcionário, mas não é significado de uma garantia para a vida toda. Já ser empregável é como estar mais seguro. Digo isso, pois quem tem um bom grau de empregabilidade dificilmente ficará muito tempo desempregado.

Podemos dizer que há um tempo, alguns cursos e aptidões antes consideradas como diferenciais hoje são vistos como fatores básicos para atender as necessidades do mercado. A tecnologia, as novidades nos procedimentos, o alargamento da classe média, são alguns dos muitos fatores que fomentaram e fomentam as mudanças no perfil profissional almejado pelas empresas, estas que acabam selecionando os que melhores se adaptaram a tais mutações para estrelar o corpo das melhores posições da hierarquia, como uma "seleção natural" do mundo corporativo.

Ao escrever sobre esse assunto, lembrei-me da história de Josiel. Um jovem de 37 anos, que me procurou há algum tempo. Muito preocupado com o futuro de sua carreira, precisava de direcionamentos sobre as decisões que precisava tomar antes que fosse tarde demais para correr atrás do prejuízo. Para explicar sua preocupação, contarei a história dele para vocês.

Josiel trabalhou desde cedo com o pai em sua oficina mecânica e nunca se importou em ajudar nas tarefas que ninguém gostava de desempenhar, era o "faz tudo" da oficina e muito se orgulhava disso. Apesar de se identificar com as funções, ao completar 18 anos, Josiel passou pela frequente dúvida na adolescência: trabalhar ou estudar?

Como se importava muito com a opinião de sua família, Josiel preferiu por decidir em conjunto e optar para o que fosse melhor para todos.  O consenso foi de que ele parasse no ensino médio e apenas ajudasse o pai na oficina. Foi o que fez. Com o tempo, passou de ajudante à gerente e, juntamente com muito esforço e trabalho de toda a família, conseguiram multiplicar os negócios. Em dez anos, triplicaram o número de funcionários e abriram duas novas filiais na cidade. Tudo corria muito bem.

Os olhos de Josiel cresciam quanto ao crescimento da empresa e não lhe faltavam ideias para fazer com que o empreendimento prosperasse ainda mais. Entretanto, suas ideias entravam em conflito com a personalidade forte e convencional de seu pai, o que não só o desmotivava como afastava para o longe o sonho que Josiel tinha como empreendedor.

A partir disso, parecia que Josiel estava tentando construir um sonho em cima do que seu pai havia construído e, assim, precisou deixar seu cargo para que fosse possível correr atrás de suas próprias vontades. Pouco tempo depois, montou uma empresa de representação em produtos farmacêuticos. O que, infelizmente, não deu certo. E fez com que a desmotivação invadisse seu planejamento, sem deixar que ele conseguisse pensar em mais nada.

Foi nesse momento em que ele me procurou. Ao me perguntar se o retorno para o mercado de trabalho seria um boa alternativa, disse-lhe que não seria um processo fácil e dificilmente 100% satisfatório. Uma vez que o grau de empregabilidade de Josiel era baixo. Pois havia parado de estudar, os cargos que ele alcançaria seriam de no máximo três mil reais, diferente do que ele estava acostumado quando estava na oficina. Portanto, a única solução era de voltar aos estudos.

Como já estava com 37 anos e cursar uma universidade levaria muito tempo, aconselhei Josiel que fizesse um curso tecnólogo na área que mais gostasse de trabalhar, assim, um curso não tão longo e em conjunto com sua experiência adquirida, seria possível voltar a competir para cargos no mercado de trabalho.

Com isso, o mercado sempre está em busca das melhores qualificações, mas com as contínuas mudanças, o principal é ter um foco. Determine seu ponto de chegada e descubra o que você precisa fazer para chegar até ele.

No artigo desta terça-feira, falaremos mais sobre como podemos conquistar um bom grau de empregabilidade ao nosso favor. Até lá!

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