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É óbvio, entretanto, nunca foi tão explícito como atualmente: a satisfação em exercer as atividades do dia a dia impulsiona, e muito, a motivação para o crescimento na carreira e a produtividade. Passamos a maior parte de nossos dias no trabalho e, neste período, é necessário relembrarmos que precisamos sentir satisfação, prazer, em nossas atividades, caso contrário, não seremos integralmente satisfeitos com a nossa função e com nós mesmos.

De acordo com uma pesquisa elaborada pela revista inglesa Management Today, colaboradores infelizes produzem 40% menos, e seu trabalho de uma semana rende apenas o equivalente a dois dias úteis. Isso, no período de um mês, totaliza apenas oito dias de produção, diante de uma média mensal de vinte dias trabalhados. O resultado é alarmante para as empresas, que refletem diariamente sobre como manter a produção e a lucratividade em alta.

Seria muito fácil se substituíssemos todos os funcionários por máquinas, não? Assim, não precisaríamos nos preocupar com a ociosidade e o descontentamento, salário e motivação, planos de carreira ou limite de horas trabalhadas. Precisaríamos apenas de energia, óleo e uma manutenção aqui ou ali. Isso, porém, não faz parte da nossa realidade. As empresas lidam com pessoas, que não conseguem separar o lado profissional do sentimental em nenhum momento. Infelizmente – ou felizmente –, não há um botão "liga/desliga" dessas duas "personalidades".

Desse modo, as empresas estão aprendendo cada vez mais a lidar com esse novo cenário profissional e a incentivar o bem estar dos seus funcionários, diretamente, na empresa, e indiretamente, na vida fora dela. Além disso, inúmeras empresas consideram como público de interesse as famílias e comunidades de seus funcionários. Por isso, realizar ações que atinjam esse público tornou-se uma estratégia para adquirir a confiança de seus stakeholders, que agregam muito ao índice de satisfação profissional interno.

Já existe uma ferramenta capaz de captar esse nível de felicidade. É um aplicativo chamado Tiny Pulse e já está sendo utilizado por algumas empresas americanas. Nele, os funcionários respondem semanalmente, de maneira anônima, pesquisas sobre assuntos importantes da empresa. Essa medida possibilita que a empresa corresponda às expectativas dos funcionários com base nos elogios, reclamações e notas recebidas. Simples assim.

Retomando o primeiro pensamento, de que não é possível ligar ou desligar as personalidades dos funcionários, há outro fator preponderante para a diminuição da felicidade no trabalho: o estresse. Ocasionado por rotinas maçantes, cobranças intensas, metas agressivas e incontáveis outros motivos, isso tudo faz com que as pessoas trabalhem no limite constantemente – o que não é saudável para o cérebro, que acaba não funcionando bem como deveria. Dessa maneira, é importante que os empregadores monitorem o nível de estresse dos funcionários e ajustem as rotinas de trabalho de acordo com os resultados. O pensamento comum, entretanto, não pode ser "se está insatisfeito, que busque outro trabalho", mas sim um "o que podemos fazer para mudar esta situação para melhor?" Nem sempre o erro, o problema, está no funcionário.

A atenção dos dirigentes também precisa estar voltada para como são dados os sentidos e os propósitos de cada trabalho desempenhado. Ou seja, como é considerada, e efetivamente comunicada, a importância do trabalho de cada funcionário, bem como a compreensão dele do que faz e porquê o faz. Do mesmo ponto de vista, fazer com que ele se sinta útil, respeitado e reconhecido não só pelos líderes, mas também pelos colegas.

Influência da contratação

A contratação é um momento determinante para a formação do time organizacional e, para isso, é preciso que sejam contratados profissionais que se alinhem à cultura da organização, gerando uma cadeia de entrada de profissionais com atitudes cada vez mais compatíveis com que o que a empresa deseja e acredita. Nesse ínterim, já não é mais indicado contratar pessoas apenas pelo seu capital intelectual e sim pelas suas atitudes, comportamentos e valores.

Sobretudo, a maneira como a empresa motiva seus funcionários é o seu diferencial e a criação de um bom ambiente de trabalho deve estar entre as suas principais estratégias organizacionais. Isso inclui ações como: políticas para resolução de conflitos, incentivos e recompensas diferenciados, propiciar e facilitar o relacionamento entre os colegas de trabalho, reconhecimentos contínuos e escolher líderes com posturas ideais de comportamento – afinal, quem está acima deve dar o exemplo.

Em suma, o funcionário precisa ter a certeza da importância de sua participação no crescimento da empresa; que seu trabalho e esforços estão sendo observados. Do contrário, se a empresa mantiver uma postura indiferente, ela corre risco de criar um ambiente pouco produtivo, perder colaboradores capacitados e talentosos e gastar cada vez mais com recrutamento e demissão.

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