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Com a chegada da geração Y, foi possível notar uma mudança repentina nos setores de recursos humanos. Enquanto os primeiros desta geração – comumente compreendida pelos nascidos entre 1980 e 1990 –, já ocupam cargos importantes dentro de empresas, outros apenas iniciam suas carreiras. Para captá-los, recrutá-los, atraí-los, treiná-los e motivá-los as empresas têm adaptado suas estratégias e a maneira de enxergá-los.

Ao falar sobre esse público e sobre como os RHs têm se adaptado às mudanças impostas pela (já não tão) nova geração, algumas práticas foram implantadas, e obviamente variam de cada empresa e sua cultura. Entretanto, uma coisa todas já entenderam e estão de comum acordo: para que o jovem se interesse pela organização e queira, de fato, lutar por uma oportunidade lá, ele precisa se identificar com o perfil e os objetivos da companhia.

Muitas empresas ainda procuram entender essa geração, mas pouco ainda é feito para se adaptar a essas novas exigências – afinal de contas, agora eles também estão mais seletos para com as empresas que desejam trabalhar e com a causa que elas defendem. A grande diferença desses jovens para a antiga geração é que eles buscam prazer no trabalho e agilidade no crescimento profissional. Além disso, querem o aprendizado e a maioria aceita com facilidade as transferências de área, setor e até de empresa, com a finalidade de adquirir uma visão mais completa da sua profissão e funções que exerce, ou mesmo almejando um salário ou cargo maiores.

Contudo, como as empresas têm feito para atrair a geração Y?

Para grandes empresas de comunicação, onde há uma natural concentração de jovens, as iscas para atraí-los e motivá-los têm sido basicamente duas: uma gestão equilibrada e benefícios atraentes, que vão além da remuneração. O equilíbrio na gestão significa uma hierarquia bem clara, com papéis e cargos definidos, além de metas e objetivos alinhados e avaliações de desempenho regulares. Isso ajuda os funcionários a entender e saber aonde a empresa pretende chegar, dá às pessoas um norte a seguir e uma causa a acreditar. Sobre os benefícios, há empresas que oferecem regalias e diferenciais irresistíveis e incomuns. Já vi exemplos de empresas que possuem no câmpus quadras para jogar futebol, academia de ginástica, sala de jogos e games, serviço de doces, salgados e frutas à vontade, salas de convivência e relaxamento, incentivos e estrutura para quem vai ao trabalho de bicicleta e, inclusive, festas e happy hours semanais, com direito a bebidas liberadas – desde que as metas sejam alcançadas.

Como recrutar a geração Y

O recrutamento também sofreu alterações e percebeu que, para esse público, com o passar dos anos era cada vez mais evidente que precisava-se de um novo mote para captar os novos talentos. Isso era, nada menos elementar que, proporcionar um bom desafio.

Então, nas entrevistas, os RHs deixam muito claro quais funções o profissional irá exercer, os grandes projetos que fará parte e, se for o caso, expõem as atividades variáveis que irá realizar, além de apresentar uma perspectiva de carreira. O simples fato de não oferecer isso irá acarretar, cedo ou tarde, na desmotivação do profissional. Trabalhar sem perspectiva de crescimento vira rapidamente o "cumprir a obrigação".

Note que isso, hoje, por mais básico que pareça, alguns anos atrás não era. E ainda assim algumas empresas enfrentam dificuldades como improdutividade, baixa eficiência e alta taxa de troca de funcionários (o famoso turnover) por conta desses detalhes terem sido deixados de lado. Também não esqueçamos do que citei no início do artigo: além desses detalhes sobre sua função, o jovem precisa se identificar com o perfil e objetivos da empresa.

Gestores Y

Embora muitos desses ainda estejam ingressando no mercado de trabalho, conheço vários exemplos de profissionais que, mesmo muito jovens, já ocupam cargos significativos. Há profissionais em níveis de gestão com 23, 25 anos. Há, inclusive, um caso famoso de empresa que chegou a ter um CEO de apenas 32 anos. Ou seja, acredito que isso reflita a rápida capacidade de aprendizado e ascensão dessa geração.

Obviamente, precisamos resguardar o desempenho e profissionalismo das demais gerações anteriores, já bastante conhecidos, e podemos imaginar, esperançosos, o que ainda teremos pela frente, com a chamada geração Z.

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