Religiosidade no ambiente de trabalho

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Sempre que o assunto é religiosidade, preocupo-me com a maneira de falar e escrever, pois sei que esse tipo de assunto é delicado. Porém não poderia terminar a série 7 Pecados no Trabalho e deixar de falar da religiosidade em si, e como ela interfere nas relações profissionais. Preciso explicar que eu tenho a minha devoção, minhas crenças e acredito realmente que existe alguém olhando por nós. Porém, por mais que eu faça minhas orações e peça por mim e pelos meus entes queridos, no escritório o assunto é trabalho e ponto final.

Conheço muitas pessoas que possuem o hábito de sempre citar, durante suas conversas, passagens bíblicas ou ensinamentos peculiares de suas reli­­giões, sem perceber o quão insistentes são nisso. Não acredito que seja preciso ignorar a religião. Definitivamente não é isso. Porém acredito que as conversas, principalmente com aquelas pessoas que não conhecemos direito, devem ser sobre assuntos mais brandos. No caso de contatos profissionais, principalmente, o melhor a fazer é falar sobre assuntos relacionados ao trabalho.

Num evento corporativo, por exemplo, valem temas como acontecimentos do mundo, assuntos financeiros, fofocas do meio organizacional ou qualquer outra amenidade do mundo dos negócios para quebrar o gelo com uma pessoa que você acabou de conhecer. Mas por que falar sobre suas crenças num momento como esse?

O que muita gente não entende, é que esse tipo de assunto deve ser discutido na igreja, templo, ou seja lá qual for o ambiente onde se cultua sua religiosidade. É com os familiares e amigos que se compartilha tais crenças e não com seus colegas de trabalho, ou pior, com seus fornecedores e clientes. Sabe aquele ditado batido que diz "religião não se discute"? Pois ele é a mais pura verdade. Cada um acredita nas coisas que julga melhor. E, quando o assunto é religião, principalmente, as pessoas tendem a defender suas ideias de forma muito mais vigorosa, o que frequentemente resulta em discussões calorosas.

Por isso assim como já aconselhei diversas vezes para que não contem sobre sua vida pessoal para os colegas de trabalho, indico também que evitem assuntos ligados à religião.

O mesmo vale para bibelôs, como estatuetas, objetos característicos de algumas religiões ou, até mesmo, Bíblias, que normalmente são deixados em cima das mesas do escritório. Recomendo evitar esse tipo de exposição. Se você acredita em uma doutrina, não precisa mostrar aos quatro cantos do mundo como ela funciona. Basta acreditar. Se, mesmo assim, quiser fazer esse tipo de uso, faça de forma discreta. Carregar na bolsa, por exemplo, é uma ótima forma. Se você acredita que aquilo é uma proteção, então leve consigo. É melhor do que deixar em cima da mesa junto com tantos objetos.

Aliás, para as religiões que cultuam altares, por exemplo, o ideal é que eles sejam feitos em locais apropriados para isso, num canto calmo e tranquilo de sua casa, jamais na sua mesa de trabalho. Ali devem conter objetos que o auxiliem a executar suas tarefas da melhor maneira possível. Se for o caso de colocar enfeites, escolha os neutros, que não condizem com nenhuma crença (nem mesmo bonequinhos de time de futebol são recomendados, mas isso fica pra outra história).

E, o que considero uma das questões mais fundamentais. Evite trazer esse tipo de assunto para conversas na hora do cafezinho, do almoço, da ida pra casa. Se o interlocutor for seu colega de trabalho, o assunto religião deve ser evitado definitivamente. Se, por um acaso, ele for da mesma religião que a sua, mesmo assim o assunto deve ficar para outra ocasião.Gaste seu tempo falando sobre negócios, procure estar a par dos acontecimentos do mundo para sempre ter sobre o que conversar com as pessoas. Mantenha uma postura profissional sempre, independente de suas crenças. Assim você será muito melhor visto pelo mercado de trabalho, pois passará a imagem de uma pessoa que, mesmo tendo suas convicções, sabe expô-las no lugar e na hora certa.

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TESTE

Assinale a afirmação com a qual você mais concorda:

1. Se algum colega de trabalho não aceita sua religião, você:

a) Prefere não trabalhar com ele.

b) Não faz diferença, desde que isso não interfira no trabalho.

2. Você é tão feliz com sua religião que:

a) Gostaria que todos os seus colegas de trabalho também a seguissem, por isso sempre que pode faz a propaganda.

b) Isso lhe basta.

3. Seu colega de trabalho diz não ter religião. Você:

a) Não entende como isso é possível, talvez seja porque não conhecem a sua.

b) Acha que cada um sabe de si.

4. Você costuma distribuir para os seus colegas de trabalho mensagens, santinhos ou panfletos da sua igreja:

a) Sempre que possível.

b) Só para amigos mais próximos, se considerar conveniente.

5. Nos momentos de crise na empresa:

a) Você convoca a todos para uma oração, dessa forma tudo se resolverá mais fácil.

b) Você faz sua oração pessoal, pedindo forças para enfrentar essa fase.

6. Na empresa, você confia mais facilmente:

a) Nas pessoas da sua religião.

b) Nas pessoas que se mostram íntegras, éticas e comprometidas.

7. Você costuma ler a Bíblia e:

a) Utiliza o conhecimento para explicar tudo, citando passagens da Bíblia para as pessoas.

b) Utiliza seu conhecimento para entender as coisas que acontece e guarda para si.

8. Você quer muito uma promoção que está difícil de sair. Você:

a) Ora muito, paga penitência ou faz promessa. Dessa forma a promoção virá.

b) Continua se dedicando ao trabalho e mostrando resultado. No momento certo a promoção virá. Se você marcou na maioria das questões, a alternativa "a", preste a atenção se seus colegas não estão lhe evitando. Você pode estar sendo inconveniente com o excesso de "pregação" pela empresa.