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INFRAESTRUTURA

Com dragagem contratada, Porto de Paranaguá aguarda regras sobre concessão

Obra esperada há quase uma década deve começar no segundo semestre. Governo federal planeja transferir manutenção do Canal da Galheta à iniciativa privada

Canal de acesso ao Porto de Paranaguá passará a ter 16 metros de profundidade após a dragagem. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Canal de acesso ao Porto de Paranaguá passará a ter 16 metros de profundidade após a dragagem. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O anúncio de que a manutenção do Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, poderá ser concedida à iniciativa privada pelo governo federal acontece no momento em que se aguarda o início dos trabalhos de dragagem e aprofundamento licitados no fim do ano passado. A obra deverá ser iniciada no segundo semestre.

A empresa vencedora, a DTA Engenharia, fará o aprofundamento do Canal da Galheta pelo valor de R$ 394,2 milhões. A obra é bastante aguardada, pois permitirá que navios maiores possam atracar em Paranaguá. No momento, o processo encontra-se na fase de recursos e homologações.

A dragagem prevê a retirada de 14 milhões de metros cúbicos de sedimentos ao longo de todo o canal e na bacia de evolução, área utilizada por navios para manobra e atracação. Com isso, o canal de acesso passará a ter 16 metros de profundidade. Hoje, são 15 metros.

Já a bacia ganhará mais dois metros de profundidade, passando de 12 para 14 metros. As áreas intermediárias, localizadas entre o canal e a bacia, passarão a ter 15 metros de profundidade.

Modelo incerto

O diretor presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, afirma que ainda é cedo para analisar o modelo de concessão do canal proposto pela Secretaria de Portos, já que o governo federal não liberou detalhes, mas acredita que não deverá ser de curto prazo. “Como o aprofundamento será feito pela licitação, o novo modelo de concessão deverá ser para fazer a manutenção da dragagem”, diz.

Somente na próxima quinta-feira os aspectos técnicos da concessão serão disponibilizados pelo governo. Além de Paranaguá, devem ser transferidos à iniciativa privada também a dragagem nos portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS).

No próximo dia 9 será realizada uma audiência de consulta pública para debate do novo modelo. Segundo Dividino, a Appa estará presente na reunião. “Após a audiência pública, acredito que ainda vamos ter muita conversa. Paranaguá levou quase dez anos para dragar o canal. Hoje, como estamos com tudo atendido, teremos de avaliar se o novo modelo de concessão será benéfico para o porto. A Appa tem um lado, que é o mais barato possível. Certamente não queremos onerar o exportador e o importador”, diz.

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