Mais de cem anos depois de sua invenção, os mimeógrafos ainda são largamente utilizados em todo o país. Só uma das fabricantes nacionais, a gaúcha Menno, produz cerca de mil duplicadores todos os meses. A maioria tem as escolas como destino final, segundo a empresa.
"A produção tem se mantido constante com o passar dos anos", afirma Cassiano Lumi, do departamento comercial da empresa. "Observamos um pequeno decréscimo, mas nada significante".
A própria Menno fabrica mimeógrafos desde 1974. O produto foi um dos pioneiros da empresa, que hoje ampliou seu portfólio e produz retroprojetores, plastificadoras e impressoras térmicas, entre outros.
Produção em roxo
O primeiro mimeógrafo ainda sem este nome foi patenteado pelo norte-americano Thomas Edison (o mesmo inventor da lâmpada elétrica incandescente) em 1887.
O aparelho é capaz de produzir cópias de papel a partir de uma matriz feita em estêncil (um tipo de papel impermeável) e com o uso de álcool. Muita gente se lembra do mimeógrafo pelo produto final, que em geral tem o texto roxo.
Para a professora Maria Luiza Ferreira, usar o mimeógrafo é um costume. "Não me adapto com o computador, não gosto", diz."Tem coisas, como palavras cruzadas, que é mais fácil do que fazer no computador, acho mais tranqüilo".



