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Por enquanto, só o novo controle do PS4 foi apresentado. Ideia é levar o jogo para qualquer lugar
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O Wii U, da Nintendo, é o único dos consoles que já chegou ao mercado: vendas ruins
Com a apresentação do Xbox One, da Microsoft, na semana passada, o cenário da próxima geração de videogames começa a se consolidar. O Wii U, da Nintendo, corre por fora. O aparelho foi lançado no fim de 2012, mas a tentativa de mudar a maneira como se joga videogame, com um controle em forma de tablet, não colou. As vendas estão bem abaixo das expectativas. Salvo alguma atualização radical prevista pela Nintendo, parece que a briga vai ficar entre o PlayStation 4, da Sony, e o Xbox One.
A maior diferença entre os dois aparelhos está na forma como as duas fabricantes enxergam o futuro dos games: os japoneses da Sony parecem acreditar que o futuro está "na nuvem". Uma das promessas do PS4 é a possibilidade de jogar enquanto um game ainda está sendo baixado e o de fazer streaming de jogos para amigos. Também será mais fácil parar um jogo e continuá-lo em outro aparelho, como no tablet ou no smartphone.
Para a Microsoft, a aposta está em transformar o console numa central multimídia, ou no principal aparelho da sala de estar dos consumidores. A apresentação na última semana reservou espaço para games, mas pequeno. A empresa se esforçou para focar os novos recursos para controlar a tevê, por meio de voz e gestos, e também em novas funcionalidades do Xbox, como o aplicativo Skype integrado que permite realizar chamadas em alta resolução diretamente na tevê.
A nuvem contra a central multimídia, essa é a batalha entre Xbox One e PS4, afirma Sean Hollister, do site The Verge. "Supondo-se que nem a Sony nem a Microsoft consigam dar um golpe imediato com um preço melhor, uma data de lançamento melhor ou ofereça jogos exclusivos suficientemente convincentes, esta é a escolha que você vai fazer: você aposta na empresa que quer permitir com que você leve a tradicional experiência de games a qualquer lugar, ou naquela que exige que você fique parado em troca de um aumento de imersão e funcionalidade?", escreveu ele.
Para Joseph Bernstein, do site Buzzfeed pelo menos até as empresas darem mais detalhes sobre os aparelhos, o que deve ocorrer gradativamente até o fim do ano , o que mais chama a atenção na nova guerra dos consoles é como os games, pela primeira vez, não são o foco dos novos aparelhos. Os novos títulos de jogos tiveram pequena participação nos eventos de apresentação dos consoles, algo bastante diferente de lançamentos anteriores, quando eram destaques.
Concorrente
Steambox, da Valve, corre por fora na briga dos consoles
A Valve, dona do site Steam, maior plataforma de venda de jogos on-line, está desenvolvendo um console que pode mudar o cenário do mercado de games. Apresentado pela primeira vez na feira de tecnologia CES, no início do ano, o aparelho, chamado provisoriamente de Steambox, é basicamente um pequeno PC rodando Linux e com uma placa de vídeo de alto desempenho. De acordo com o fundador da Valve, o renomado Gabe Newell, a ideia com o novo console é avançar para além dos controles. Em entrevistas, Newell tem dito que quer aproveitar novas tecnologias para tornar a experiência de jogar diferente. Nada muito importante sobre isso já foi revelado, mas Newell tem boa relação com a empresa americana que está produzindo óculos de realidade aumentada.
