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Fundador da Yubb, Bernardo Pascowitch iniciou  a carreira como estagiário de Direito no escritório Pinheiro Neto, onde foi convidado a  desenvolver uma área de  empreendedorismo. | Fernando Torres/
Fundador da Yubb, Bernardo Pascowitch iniciou a carreira como estagiário de Direito no escritório Pinheiro Neto, onde foi convidado a desenvolver uma área de empreendedorismo.| Foto: Fernando Torres/

O mesmo modelo de buscadores que consagrou o Trivago, para hotéis, ou o Kayak, para passagens aéreas, está disponível para investimentos por meio da plataforma Yubb. Voltada para quem quer encontrar maneiras de investir, mas não sabe por onde começar, a plataforma permite comparar, sem custo, o rendimento de mais de 1.800 aplicações de 170 bancos, fundos, corretoras e fintechs que remuneram a startup por cada lead gerado.

O usuário só precisa digitar quanto e por quanto tempo quer investir, que a plataforma indica os melhores investimentos. A ferramenta pode ser usada na web ou por aplicativo para smartphone.

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O fundador é Bernardo Pascowitch, que iniciou a carreira como estagiário de Direito no escritório Pinheiro Neto. Ainda como estagiário, passou um ano num intercâmbio pela Universidade de São Paulo estudando, na King´s College London, economia, mercados internacionais e empreendedorismo. O ano era 2011, e a cena de fintech estava começando em Londres.

“Voltei encantado pela área de tecnologia e por novos negócios, e, já contratado como advogado júnior, ia deixar o escritório para criar uma empresa focada em assessoria jurídica de startups e fundos de venture capital. Quando pedi demissão, eles me propuseram criar, no Pinheiro Neto, uma área focada em empreendedorismo. Foi o primeiro grande escritório a assessorar startups, como 99 Táxi, GetNinjas, Vila Real, Canal da Pesca, empresas que hoje são gigantes”, recorda Pascoswitch.

Contagiado pela ideia de empreender, saiu do escritório em 2015, para criar o Yubb, operando na fase de validação, descobrindo como as pessoas gostariam de usar a plataforma e do que sentiam falta na hora de investir. A empresa foi lançada, inicialmente, num modelo de rede social, mas logo Pascowitch percebeu que o negócio não estava ganhando tração e mudou o modelo para o de buscador de investimentos.

Nessa fase, entraram também os sócios Thommy Mozaki e Caio Sym. Juntos, transformaram todo o modelo de negócios lançando o novo Yubb em outubro de 2016.

Somos um buscador totalmente gratuito e online, no qual, com dois cliques, o usuário informa quanto quer investir e por quanto tempo, e a plataforma mapeia totalmente o mercado, levantando os investimentos disponíveis. Quando encaminhamos um lead para a XP, o BTG, a EasyInvest ou o Banco Daicoval, somos remunerados. Não há conflito de interesse porque tudo é feito por meio da plataforma, diz Pascowitch

A empresa já recebeu aportes de investidores-anjo, totalizando R$ 1 milhão. A meta é fazer uma captação de séria A em 2019 para obter recursos, a fim de acelerar o crescimento da empresa, investindo em marketing, equipe de desenvolvimento e produto. Hoje a Yubb tem 6 milhões de buscas de investimentos por mês de 300 mil usuários únicos.

“Nosso objetivo é fazer as pessoas saírem da poupança”

A empresa não sabe precisamente o volume total de quanto gera de investimentos porque nem todos os bancos e corretoras abrem o volume de recursos captados. Mas com base nos que informam o valor, a estimativa é de que a Yubb gere uma captação mensal de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões.

“O nosso desafio é fazer as pessoas saírem da poupança. Existe um contingente de 10 milhões de pessoas que já investem em renda fixa, fundos e tesouro direto mas há 110 milhões de pessoas que investem na poupança. O brasileiro realmente se interessa por investimentos. Quando surge uma plataforma gratuita, imparcial e transparente como a Yubb, o interesse aumenta”, diz Pascowitch.

Ele acrescenta que a empresa pretende investir em ferramentas e informações para as pessoas encontrarem, cada vez mais, novas formas de investir seu dinheiro de uma forma mais fácil e rápida. “Estamos trabalhando para ter novas formas de investimento, como o crowdfunding, que lançamos recentemente”, diz Pascowitch.

Pesquisas apontam que os investidores estão preferindo o aconselhamento de plataformas digitais aos bancos tradicionais. Segundo Pascowitch, isso se deve ao alto esforço de investimento e divulgação das plataformas, como XP, Orama e ModalMais, que passaram a competir bastante pelo cliente e pelo mercado.

“Esse mercado de investimentos até então não era a menina dos olhos do mercado financeiro, e sim as linhas de crédito, consignado, seguros e cartão, que sempre foram segmentos mais valorizados. Quando o Itaú comprou a XP por bilhões de reais, mandou um recado ao mercado de que era possível ganhar dinheiro com investimentos, e vários outros players passaram a investir em marketing para crescer”, analisa Pascowitch.

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