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Lojas investem em promoções e descontos à vista para atrair clientes na segunda melhor data comemorativa do ano. | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Lojas investem em promoções e descontos à vista para atrair clientes na segunda melhor data comemorativa do ano.| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Nos shoppings, brindes e sorteios

Para garantir a preferência do consumidor nesta que é a segunda melhor data para o comércio, atrás apenas do Natal, os shoppings investem em promoções. Entre os grandes da capital, o Palladium fará sorteio de carros – serão dois automóveis Ford Focus. Cada R$ 100 em compras dá direito a um cupom. Às vésperas do primeiro aniversário do empreendimento, a gerente de marketing Maria Aparecida de Oliveira espera um aumento de até 30% nas vendas neste Dia das Mães.

Os shoppings Mueller e ParkShopping Barigui apostam em brindes para atrair os clientes. A partir de amanhã e até 10 de maio, os clientes do Barigui poderão trocar notas fiscais no valor de R$ 400 por uma caixa de chá personalizada, produzidas pela artista mineira Daniela Karam especialmente para os empreendimentos da rede Multiplan.

No Mueller, o consumidor que gastar R$ 250 poderá comprar uma echarpe exclusiva por R$ 12. A partir do dia 1º de maio, conta a gerente de marketing Kátia Zucolotto, haverá também outro brinde disponível – oferecido em parceria com a Accessorize de Londres. "Apostamos neste tipo de ação porque o brinde acaba sendo mais um presente", diz.

A gerente de marketing do shopping Crystal, Lylian Vargas, tem expectativas menos otimistas – a de manter os mesmos índices de vendas do ano passado, mesmo com fluxo de consumidores até 10% maior nos primeiros dias de maio.

A comemoração do Dia das Mães, no dia 10 de maio, vai ser um grande teste para o comércio varejista. Será a primeira grande data comemorativa sob o impacto real da crise econômica mundial que estourou em setembro – uma vez que as vendas do Natal vinham embaladas com um ano bastante positivo para o varejo. As expectativas, no entanto, são bastante otimistas. A Associação Comercial do Paraná (ACP) espera um aumento superior a 8% nas vendas, se comparado aos números do ano passado. Nos shoppings centers o clima de otimismo é ainda maior: há quem aposte em vendas até 30% maiores.

"Além de brindes e novos produtos, nossas pesquisas mostram que 58,5% das lojas vão oferecer descontos para pagamento à vista. E isso, sem dúvida, é um chamariz para vendas", diz o vice-presidente da ACP, Jean Michel Galiano. "Também houve um impacto positivo com a redução do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] na minirreforma tributária no estado, que levou muita gente de volta às compras."

A gerente da loja Scarpinni Calçados da Rua XV de Novembro, Vivi Mota, confirma a expectativa e diz que não viu a crise entrar na loja. Ela aposta em vendas até 10% superiores neste Dia das Mães, na comparação com o ano passado.

O economista Wilhelm Meiners, professor de macroeconomia da Universidade Positivo, no entanto, vê a data com mais cautela, e acredita que este deve ser o Dia das Mães das "lembrancinhas", com presentes mais baratos do que os de outros anos. "Parte da população ficou desempregada e quem trabalha por comissão está vendo seus rendimentos caírem. Além disso, o crédito está mais difícil e mais caro", diz o professor. Para Meiners, nem mesmo a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a chamada linha branca será suficiente para alavancar as vendas de maneira expressiva neste início de maio.

Perfumes

Os números da ACP, com base em sondagem do instituto Datacenso, mostram que o consumidor pretende gastar, em média, R$ 127 este ano com o presente do Dia das Mães. Entre as escolhas mais citadas estão os perfumes – preferência de 41% dos consumidores ouvidos –, roupas (28%) e flores (15,6%). Quase 53% dos consumidores, mostra a sondagem da ACP, esperam gastar este ano mais do que em 2008. A estudante Waléria Camargo, de 22 anos, está neste time. Como agora está fazendo estágio – e o dinheiro do presente não sai mais do bolso da mãe –, ela diz que vai gastar mais neste ano. "Vou gastar até uns R$ 150. Acho que vou comprar alguma roupa, uma blusinha ou um vestido."

A enfermeira Debora Regina Sabino, no entanto, diz que não pretende gastar mais de R$ 50. "Como a crise está feia, é bom ter cuidado para não fazer um gasto excessivo. Vou comprar algum perfume ou uma flor, porque sei que ela gosta", diz.

Colaborou Melanie Zettel

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