Comércio “vai à rua” promover a nova Riachuelo

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Várias lojas da Rua Riachuelo, uma das mais antigas do comércio curitibano, abrem hoje com um motivo especial: os lojistas vão abraçar "oficialmente" o projeto de revitalização da região do Paço da Liberdade, que está se espalhando para toda a extensão da rua. Resultado de parceria entre Sebrae/PR, Sistema Fecomércio/PR e prefeitura de Curitiba, o evento "Vitrines na Calçada" é considerado o pontapé inicial dessa nova etapa do projeto que, até o fim do ano, pretende trazer de volta o glamour e o desenvolvimento econômico para a região do centro antigo – atualmente, 40% dos imóveis da Riachuelo estão desocupados.

Das 9 às 14 horas, pelo menos 47 lojistas da região que já aderiram ao programa vão expor, excepcionalmente, uma seleção de seus produtos na calçada ao longo da Riachuelo. Assim, o público poderá conferir as iniciativas que estão em desenvolvimento na região. Nas últimas semanas, com a ajuda de especialistas em varejo, os comerciantes discutiram ideias para melhorar a disposição de produtos, o visual da loja, o atendimento e outros conceitos de marketing e vendas.

Hoje, além da mobilização dos lojistas, os parceiros do projeto vão ocupar estandes próprios. O Sesc organizou a programação cultural com ritmos brasileiros e um grupo circense; a prefeitura vai exibir os projetos da nova rua e, no espaço do Senac, uma instrutora de moda dará dicas sobre customização de roupas usadas.

A proposta para a nova Riachuelo inclui uma ampla re-forma da estrutura da rua, a exemplo do que já foi feito na Comendador Araújo. O projeto prevê novas calçadas, dentro do padrão montado no Paço da Liberdade, postes de iluminação mais baixa, priorizando o pedestre, reambientação das esquinas com floreiras e remoção do cabeamento elétrico exposto. De acordo com o administrador da regional Matriz do município, Omar Akel, o prazo para realização das obras está apertado, mas há condições para encerrá-las até o Natal. O edital de licitação ainda não saiu, e o cronograma de obras é estimado em 90 dias.

Para atrair empreendimentos à região, a prefeitura também pretende conceder incentivos fiscais e tributários para pessoas e empresas que investirem na reforma dos imóveis. O mesmo vale para quem investir em comércio e serviços que contribuam para a "vocação" de cultura e arte da rua. Ateliês, escolas de arte, sebos e antiquários devem ser atraídos para a nova rua, prevê Akel. Ele diz que até o fim do ano o pacote de incentivos deve ser apreciado pela Câmara de Vereadores.