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 | Arte: Carlos Bovo/
| Foto: Arte: Carlos Bovo/

A Amazon deve se tornar o primeiro negócio americano de tecnologia a atingir o valor de mercado de US$ 1 trilhão. E a questão não é mais se, de fato, a companhia fundada por Jeff Bezos conseguirá atingir essa marca história.O ponto de discussão é quando. As expectativas apontam que a empresa pode chegar lá em dois ou cinco anos, ultrapassando rivais como Apple, Google, Facebook e Microsoft. Em se tratando da gigante do comércio eletrônico, não é de se duvidar.

Muito mais que e-commerce: conheça os tentáculos da Amazon pelo mundo dos negócios

A Amazon começou como uma pequena livraria virtual em 1994 e em pouco tempo virou o maior site de comércio eletrônico do mundo. Hoje, a cada dólar gasto pela internet nos Estados Unidos, metade vem da Amazon.com. Mas a ascensão do Google no início dos anos 2000 mostrou a Bezos que sua empresa precisaria ser mais do que uma varejista on-line para continuar a cumprir sua missão de elevar os padrões de todas as indústrias do mundo. Ela precisaria se transformar em uma empresa de tecnologia.

Baseado nos mesmos três pilares desde a fundação da Amazon - foco no consumidor, visão de longo prazo e gosto por inventar -, Bezos está cada vez mais perto de atingir seu objetivo. Nos últimos anos, a Amazon ampliou os seus tentáculos pelo mundo e, em um círculo virtuoso, vem criando diversos negócios para alimentar o seu carro-chefe, o e-commerce, e para entrar em novos mercados que fortaleçam a sua atuação como empresa de tecnologia.

O mais importante deles foi o lançamento do Amazon Web Services (AWS) em 2006, serviço de computação em nuvem que já é líder mundial em seu segmento. Segundo Mark Mahaney, diretor da RBC Capital, o AWS deve crescer a taxa de 40% nos próximos cinco anos, enquanto o e-commerce a 20%. Já a Barclays afirma que o serviço de nuvem da Amazon começa, agora, a dar os primeiros passos rumo a virar, sozinho, um negócio de US$ 100 bilhões.

A Amazon é uma das empresas mais valiosas do mundo, com valor de mercado de cerca de US$ 400 bilhões. Seus negócios vão desde sites de comércio eletrônico e serviços de computação em nuvem a dispositivos eletrônicos, foguetes, jornais e lojas físicas. No ano passado, a companhia atingiu US$ 136 bilhões em vendas e lucrou US$ 2,37 bilhões.

Para este e o próximos anos, há ainda, como diz Jeff Bezos, muito a ser inventado. “Muita coisa nova ainda vai acontecer. Ninguém faz ideia do impacto que a internet produzirá e de que em muitos aspectos estamos apenas no primeiro dia”, diz a placa colocada na porta de entrada da sede da Amazon em Seattle, nos Estado Unidos, e assinada pelo seu fundador.

Muito mais que e-commerce

Desde quando a Amazon passou de varejista on-line à empresa de tecnologia, a companhia americana se tornou muito mais do que um e-commerce. Seus negócios se ramificaram, muitos para atender o carro-chefe do grupo, e outros marcaram a entrada da companhia em segmentos fundamentais para torná-la uma das maiores empresas americanas de tecnologia. Confira os principais tentáculos da Amazon pelo mundo dos negócios:

E-commerce

O e-commerce continua sendo o carro-chefe da Amazon. A empresa vende de tudo no seu site, como livros, eletrônicos, brinquedos, acessórios e artigos diversos. A empresa é dona também da Zappos.com.

Serviços de computação em nuvem

O Amazon Web Services (AWS) é o serviço de computação em nuvem da empresa lançado em 2006. Ele é líder em seu segmento.

Dispositivos eletrônicos

A Amazon vende seus próprios e-readers, o Kindle, e lançou recentemente o Amazon Echo, uma torre com a assistente virtual Alexa.

Varejo físico

Em 2015, a Amazon abriu a sua primeira livraria física nos Estados Unidos. A expectativa é que a empresa abra centenas de lojas nos próximos anos. Ela também possui um supermercado físico para testar o modelo sem filas, sem caixas e sem atendente.

Streaming

A gigante do comércio eletrônico também entrou no segmento de streaming para concorrer com Spotify e Netflix. A empresa lançou o Music Unlimited, serviços de músicas, e o Amazon Prime, de filmes e séries.

Comunicação e Mídia

Em 2013, Jeff Bezos surpreendeu o mercado ao comprar o The Washington Post. Mas o jornal americano não é o único negócio de comunicação e mídia do grupo Amazon. Há, por exemplo, o IMDb, um serviço de dados sobre filmes, músicas e seriados, o Audible, uma plataforma de audiobooks, e o Box Office Mojo, que mede as bilheterias

Serviços de internet

Além da computação em nuvem, a Amazon possui plataformas próprias de publicação e gestão de páginas na web.

Serviços de entrega

A Amazon tem o próprio serviço de entrega, que vai de livros a comidas. A sua obsessão é entregar tudo o mais rápido o possível. Ela também testa drones para fazer o serviço.

Projetos espaciais

Jeff Bezos entrou para a corrida espacial. Apesar de o negócio não estar diretamente relacionado à Amazon, a Blue Origin é uma empresa privada de voos espaciais do fundador da Amazon que promete levar turistas ao espaço em 2018. Será o pé da Amazon além da Terra.

Inteligência Artificial

A Amazon AI desenvolve tecnologias para que as máquinas aprendam sozinhas (learning machine) e se comuniquem sozinhas (chatboots). A empresa de inteligência artificial atende demandas internas do grupo Amazon.

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