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Como as empresas lidam com o conflito de gerações?

A integração de profissionais de idades distintas tem potencial de transformar as diferenças de perfil e visão em ativos importantes para as organizações

Luciano Stresser, Andressa Seidel e Raul Moura Júnior: diferentes faixas etárias convivem na Biogénesis-Bagó | Antônio More/ Gazeta do Povo
Luciano Stresser, Andressa Seidel e Raul Moura Júnior: diferentes faixas etárias convivem na Biogénesis-Bagó (Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)

A mistura de profissionais de gerações distintas está transformando o ambiente e as práticas das organizações, mas o saldo – positivo ou negativo – dessa interação vai depender de como as empresas estão lidando esses perfis diferentes. Um bom começo, segundo analistas, é estimular o trabalho em grupo, aproximando baby boomers, Geração X e Geração Y em torno de objetivos comuns.

"As gerações passadas, principalmente os baby boomers, trouxeram as companhias ao patamar em que elas estão hoje e a geração Y terá a missão de levá-las para o futuro", observa o diretor regional da Business Consulting Partners, Carlos Contar. Ou seja, para que esse mix de gerações funcione dentro das empresas é preciso que haja, antes de tudo, reconhecimento e respeito entre os próprios profissionais.

Na Bio­gé­nesis-Bagó, indústria de produtos para saúde animal, o relacionamento de profissionais de gerações distintas é bastante valorizado e, embora a hierarquia seja importante, na prática, as relações são mais informais. "O perfil dos líderes mudou e agora as decisões são maturadas em grupo", afirma o diretor comercial Raul Moura Júnior (58), chefe do gerente de marketing Luciano Stresser Lobo (35) que, por sua vez, é chefe da assistente de marketing Andressa Seidel (22).

A maior diferença a ser superada está nas pontas, entre os baby boomers e os profissionais da geração Y. Segundo Moura Júnior, eles são muito pragmáticos, não têm grande apego à posição que ocupam e estão pouco preocupados com a carreira, mas sim com o sucesso. Além disso, querem projetos que têm começo, meio e fim e não estão interessados em processos de longo prazo. Por outro lado, aprendem coisas novas muito rapidamente, têm muitas ideias e disposição para realizá-las. "A minha geração é mais reativa, eles são mais proativos", define ele.

Cabe aos gestores das empresas o desafio de identificar e gerenciar as potencialidades de cada profissional. "Sou muito imediatista e ansiosa. Acho importante ter alguém mais paciente para controlar. Acabo me espelhando na postura do Raul e do Luciano", conta Andressa.

Para Luciano, que pertence à geração X, não há postura certa ou errada, apenas visões e aspirações diferentes. A grande vantagem do mix de gerações, segundo ele, é traduzir a soma de diferentes olhares e ideias em melhores resultados para as empresas. "Há cada vez mais tarefas e processos importantes que precisam ser divididos e não centralizados", ressalta.

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