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Dólar ainda é o meio mais fácil de trocar dinheiro na América Latina. Mas não em todo lugar. | Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Dólar ainda é o meio mais fácil de trocar dinheiro na América Latina. Mas não em todo lugar.| Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Com a disparada de quase 20% do dólar no ano, aumenta a procura de turistas brasileiros por destinos na América Latina. Antes de embarcar, a dúvida é qual moeda levar: a do destino, nossos reais ou dólar? A maioria dos especialistas indica dólar, mas em cidades grandes de Chile e Uruguai, por exemplo, o real é bem aceito. Na Argentina, pode significar perda de dinheiro. Quem viaja para Peru, Colômbia, México e Equador deve confiar mais na segurança do dólar, enquanto em Cuba o indicado é levar euros.

De maneira geral, é interessante garantir 10% do valor em moeda local ou pelo menos recursos para as despesas iniciais, como o transporte do aeroporto, e se resguardar com uma parte em dólar. A tendência é que a moeda americana se valorize daqui para a frente em relação ao real e às demais moedas. Isso ajuda principalmente quando se começa a juntar o dinheiro para a viagem com antecedência: nesse caso a sugestão é mesmo o dólar.

Cuba

Uma viagem para Cuba é um caso à parte. No país caribenho, o dólar americano é sobretaxado em 10%. O melhor, segundo especialistas, é levar euros ou dólares canadenses.

Com a instabilidade do dólar, o cartão de crédito acaba sendo uma escolha de risco, já que o viajante paga a cotação do dia de vencimento da fatura, e o valor pode subir até lá. Há ainda os 6,38% do IOF.

A consultora de investimentos da Órama, Sandra Blanco lembra que o dólar é a moeda que vai se valorizar frente a todas as outras. A opinião é a mesma do presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Rio, George Irmes. Em alta ou baixa, ele costuma recomendar o dólar aos viajantes.

Argentina

Na Argentina, segundo principal destino dos turistas brasileiros, a moeda americana é muito valorizada e a mais indicada para ser levada, deixando para trás os tempos em que se sugeria embarcar com reais do Brasil. A inflação elevada na Argentina faz com que levar pesos do Brasil signifique perda de dinheiro. Ainda mais na volta: a diferença entre o preço de venda e o de compra do peso argentino nas casas de câmbio é muito maior que o das demais moedas.

Na Argentina, são ainda maiores os alertas sobre cuidados na hora de fazer o câmbio. A cotação de quem vende no meio da rua costuma ser melhor, mas o risco de falsificação é maior.

Moeda local

Casas de câmbio tendem a defender que o brasileiro já embarque com a moeda do país de destino para evitar dupla troca: do real para o dólar e do dólar para a moeda. É a recomendação, por exemplo, da Confidence e da Cotação. Pesos argentinos, chilenos, uruguaios, colombianos, mexicanos e até o sol peruano são algumas das moedas que já podem ser compradas no Brasil.

No Uruguai, o real é aceito em Montevidéu, Punta del Este e em cidades do litoral. Para pagar restaurantes e hotéis, o cartão é a melhor opção, a despeito do IOF de 6,38%, e o país garante a devolução do imposto IVA (semelhante ao ICMS) para pagamentos com plásticos.

No Chile, é possível trocar reais por pesos chilenos nas casas de câmbio de Santiago e em cidades turísticas, mas a moeda brasileira não é tão aceita em hotéis e restaurantes. Nesses locais, o ideal é usar cartão ou dólar. E o turista não paga a alíquota de 19% do IVA. Mas é preciso ficar atento à nota para não perder o desconto.

“As maiores casas de câmbio aceitam real, o melhor é levá-lo para evitar pagar duas taxas”, diz Jaime Borquez, representante de produtos turísticos do Chile.

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