Enquanto as companhias aéreas brasileiras dispensam seus pilotos, as empresas estrangeiras vêm até o Brasil recrutar novos aviadores. Estimativa do Sindicato Nacional dos Aeronautas aponta que 1,2 mil brasileiros voam no exterior, um número que tende a crescer com a crise brasileira.
Crise na aviação força pilotos a buscar alternativas
Mesmo com altos investimentos em cursos, profissionais da área sentem impacto da retração do setor
Leia a matéria completaNa semana passada, o piloto Celso Ferronato se mudou com a esposa para Dubai e engrossou a lista de expatriados. Ferronato será comandante da companhia aérea Flydubai e vai pilotar o mesmo avião que voava na Gol, onde trabalhou de 2005 a 2014. Há dois anos, saiu da linha aérea para pilotar um jato executivo de uma empresa particular. “Não é o caminho natural na carreira de um piloto, mas a proposta era financeiramente muito atrativa”, disse. Com a crise, a empresa se desfez do seu avião e Ferronato foi demitido em fevereiro de 2015. O ex-comandante da Gol até tentou, mas não conseguiu voltar para a aviação comercial brasileira.
A alternativa que lhe sobrou foi procurar emprego no exterior. Por sorte, a aviação global vive um dos melhores momentos da história e há muitas vagas abertas. Com a desvalorização do real, os salários em dólar também ficaram mais atrativos. Os maiores salários são oferecidos pelas empresas aéreas chinesas, que chegam a pagar US$ 27 mil por mês para um comandante. No Brasil, um comandante experiente de rotas internacionais, no topo da carreira, ganha R$ 35 mil. No Oriente Médio, os benefícios são atrativos: os pilotos têm direito a casa, carro, plano de saúde e escola para os filhos até os 21 anos.
O desejo de ir para fora criou um mercado. O piloto Rafael Santos, que foi trabalhar na Korean Air quando a Varig quebrou, abriu em 2013 uma consultoria para ajudar pilotos a escolher a melhor oferta e a passar na seleção das empresas estrangeiras. O treinamento completo na Focus Aviation, com aulas no simulador de voos e até atendimento psicológico, custa R$ 4 mil. Há um ano, a empresa recebia cerca de cinco consultas por mês. Neste ano, com a abertura do programa de licença não remunerada das empresas aéreas, o telefone disparou e ela recebe até 30 consultas por dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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