• Carregando...

São Paulo – O banco Itaú registrou lucro líquido de apenas R$ 71 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra R$ 1,352 bilhão em igual intervalo de 2005. A queda no resultado do banco se deve ao impacto da contabilização da compra do BankBoston do Brasil, anunciada em maio último. A amortização do ágio pago pelo BankBoston causou um efeito negativo de R$ 1,763 bilhão no balanço do Itaú. Desconsiderando esse impacto, o lucro do Itaú atingiria R$ 1,835 bilhão e ficaria 35,7% superior ao do mesmo trimestre do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro do banco foi de 3,029 bilhão, 20,8% menor do que em igual período de 2005 (R$ 3,827 bilhões).

Em maio deste ano, o Itaú anunciou que pagaria US$ 2,2 bilhões em ações ao Bank of America para assumir as operações do BankBoston no país. O ágio é a diferença a mais na compra de um título, ação, bem ou moeda, entre o valor nominal (oficial) e o valor pago pelo comprador. Esse ágio pode ser contabilizado como uma perda no balanço financeiro da empresa que fez a aquisição, o que reduz o seu lucro tributável. Nas transações entre empresas privadas, o ágio é amortizado (abatido) do lucro tributável em parcelas mensais no prazo de cinco a dez anos.

O Itaú é o segundo grande banco privado que atua no Brasil a divulgar resultados. O primeiro foi o Santander Banespa, que obteve lucro de R$ 890 milhões de janeiro a setembro de 2006. Bradesco e Unibanco divulgam balanços na próxima semana. Dias 6 e 9, respectivamente.

A carteira de crédito total do Itaú somava R$ 79,227 bilhões ao final do terceiro trimestre deste ano, uma expansão de 28,57% sobre igual intervalo de 2005 e de 5,9% em relação ao período imediatamente anterior. Esse valor não considera as operações de empréstimos do BankBoston.

O destaque no período, segundo o Itaú, foi a carteira de financiamento de veículos, que cresceu 12,2% sobre o segundo trimestre e atingiu R$ 15,7 bilhões. Nesta mesma comparação, os empréstimos para pessoas físicas aumentaram 6,6% e chegaram a R$ 36,241 bilhões. Para as grandes empresas, o crescimento no crédito foi de 5,6% e para as micro, pequenas e médias, de 5,5%.

As receitas de serviços do banco – que inclui cobrança de tarifas – avançaram 8,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e atingiram R$ 2,134 bilhões. Na comparação com junho último, o crescimento foi de apenas 0,3%.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]