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Política monetária

Comunicado sinaliza que BC fez "tudo que podia", diz economista

"O BC está dando alerta de quem não tem como ir além do que já foi", afirma Silvia Matos, da FGV

Para a economista Silvia Matos, da FGV, o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central sobre a decisão de manter a taxa básica de juros em 7,25% indica que a autoridade monetária "fez tudo o que podia".

"O BC está dando alerta de quem não tem como ir além do que já foi", afirma. "Ele já foi ao seu limite. A inflação em janeiro chegará a 1%, mesmo com uma atividade fraca".

No comunicado, o Copom reconhece que a inflação piorou no curto prazo, mas afirma que a recuperação da atividade doméstica "foi menos intensa" do que o esperado.

A avaliação da economista é que o BC tentará manter a taxa básica inalterada em 7,25% ao longo deste ano, preferindo usar mão da valorização do câmbio e da postergação de reajustes, como as tarifas de ônibus urbanos.

"Com a inflação de serviços do jeito que está, é inviável para o BC controlar a inflação sem a ajuda do câmbio", afirma.Na estimativa de Silvia Matos, a inflação acumulada em 12 meses ficará próxima ao limite da meta de inflação, de 6,5%, por nove meses - até setembro - e só no último trimestre, graças ao efeito estatístico que retira as taxas do fim de 2012, é que voltará a recuar para menos de 6%.

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