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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a cair em agosto e atingiu 56,4 pontos, informou nesta sexta-feira (19) a Confederação Nacional da Indústriam (CNI). Trata-se do menor valor desde abril de 2009 (49,4 pontos), quando o país ainda sentia os impactos da primeira fase da crise financeira internacional - que começou com mais intensidade após o anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.

A CNI lembrou que o ICEI varia no intervalo zero a 100 e que valores acima de 50 ainda indicam "empresários confiantes". A pesquisa foi feita com 2.347 empresas, sendo 1.200 pequenas, 818 médias e 329 grandes, entre 1º a 16 de agosto de 2011.

Segundo Marcelo Ávila, economista da entidade, a queda no ICEI em agosto foi puxada, sobretudo, pela avaliação das "condições atuais da economia", que registrou 44,5 pontos contra 45,4 pontos em julho deste ano e 58 pontos em agosto do ano passado. Além das condições atuais da economia, o indicador também é formado pelas expectativas para o futuro, que, segundo a entidade, também pioraram em agosto.

Com crise, confiança deve cair maisDe acordo com o economista da CNI, a "situação adversa da economia mundial" deve fazer com que a confiança dos empresários caia ainda mais no terceiro trimestre deste ano. Segundo a entidade, o ICEI vem recuando sistematicamente desde fevereiro deste ano. "Até aquele momento [fevereiro deste ano], os empresários vinham de um forte crescimento da economia, que estava se recuperando do ápice da crise, ocorrida no fim de 2008", diz Ávila. "O setor industrial vem percebendo que a economia perde dinamismo e, por isso, está menos otimista", acrescentou.

Abaixo da média histórica

O otimismo dos industriais, em agosto, também ficou abaixo da média histórica de 59,6 pontos, informou a CNI. Na comparação com julho deste ano, informou a CNI, o ICEI caiu 1,5 ponto percentual, visto que o indicador estava em 57,9 pontos no mês passado. Contra agosto de 2010, porém, a queda foi maior, de 7,6 pontos, uma vez que o índice somou 64 pontos naquele mês.

"A queda da confiança ocorreu para todos os portes de empresa e para quase todas as regiões brasileiras, com exceção do Nordeste. A indústria de construção civil passou a mostrar indicador de situação atual abaixo de 50 pontos. Com exceção do setor Borracha, todos os setores da indústria de transformação registraram pessimismo no que tange às condições atuais da economiabrasileira", informou a CNI.

Dos 26 setores considerados da indústria de transformação, acrescentou a entidade, 19 registraram queda das expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses. Os setores Madeira (49,4 pontos), Veículos automotores (48,8) e Máquinas e materiais elétricos (46,6) registraram índices de expectativas inferiores a 50 pontos, segundo a CNI.

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