Antes mesmo das 23 horas de ontem, funcionários do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, resolveram parar por algumas horas. A empresa mais prejudicada pela paralisação, que começou pela manhã e terminou no início da tarde, foi a TAM parte dos funcionários do setor de rampa, responsáveis pelo manuseio de cargas e bagagens e pelos equipamentos de solo que atendem as aeronaves, cruzaram os braços.
A paralisação provocou o cancelamento de diversos voos da companhia e causou efeito cascata em outras empresas, como a Gol. Com as aeronaves paradas no aeroporto, não havia espaço para outras operarem. De acordo com a Infraero, 53 voos tiveram atrasos acima de 30 minutos entre a zero hora e o meio-dia de ontem (47,9% do total programado no aeroporto no período). Também foram cancelados 20 voos.
Diversos passageiros reclamam da situação. O supervisor de engenharia Fabiano Belli, 44 anos, disse que desistiu de uma viagem a trabalho a Brasília. Seu voo deveria ter decolado às 8h30. "Os funcionários disseram que não tem gente para tirar as malas de dentro dos aviões. Quero ver quando chegar o ano da Copa", disse. O engenheiro João Lima, 48 anos, que perdeu um voo para Brasília, discutiu com sindicalistas no saguão. "Eu acho a causa deles justa, mas essa negociação deveria ter ocorrido antes desta época do ano, porque nós, usuários, sofremos com isso", disse.



